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terça-feira, 6 de novembro de 2018

ol a paz do Senhor este vidio nos mostra que estamos vivendo já o principio das dores Ass.Missionario Cristiano whatsapp 011 979657593

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 Introdução 

Esta é a primeira parte do estudo Fim dos tempos. Neste texto falaremos sobre o Princípio das Dores que é mencionado em Marcos 13, Lucas 21 e Mateus 24. Entender o que Jesus disse nestes textos é base para compreendermos todos os aspectos do tempo em que vivemos e assim buscar as chaves para entender a chegada do tempo do fim. Caso você queira ler sobre os sinais em nosso tempo, não deixe de ler a segunda parte deste estudo, Os sinais do tempo do fim.

Sabemos que ninguém sabe o momento em que Jesus voltará (Marcos 13:32). Entretanto, a palavra nos ensina a vigiar para não sermos pegos de surpresa. O livro de Daniel também nos fala algo interessante: "Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão" Daniel 12:10.

Devemos buscar a sabedoria que vem do alto para poder entender o tempo em que vivemos, conforme cita o livro de Daniel. O homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, na visão de Daniel, profetizou não que os sábios saberiam o dia exato da volta de Cristo, mas que eles entenderiam os sinais daquele tempo. Eles entenderiam o tempo do cumprimento de todas as coisas, assim como o próprio Daniel compreendeu o tempo em que viveu e pôde servir ao Senhor de forma extremamente útil.

 O princípio das dores 

Assim como a grande maioria dos cristãos eu sempre achei que o princípio das dores era um prelúdio da Grande Tribulação, uma série de acontecimentos que nos indicaria a chegada do tempo do fim. Porém eu estava enganado, conforme veremos a seguir. Se você também sempre teve essa impressão, leia com calma as palavras a seguir e tire as suas próprias conclusões sobre estas coisas.

Para entender o verdadeiro significado do princípio das dores podemos utilizar o texto no original grego para compreender o que essa expressão "princípio das dores" quer dizer. O sentido original traz uma ideia de "primeiras dores" ou "princípio das dores de parto", como se este fosse o início de um longo caminho de dores de parto e tribulações que os cristãos enfrentariam.

Quando vemos que o significado está bem longe daquilo que sempre acreditamos, podemos imaginar que talvez o sentido tenha se perdido pela tradução ou pelo entendimento social que temos do termo "princípio das dores". É comum os cristãos entenderem o princípio das dores como este tempo que precede a Grande Tribulação. Este pensamento, entretanto, deve ser desconstruído para entendermos o real sentido do que Jesus está falando nestes textos.

Também podemos citar o capítulo 12 de Apocalipse, que fala sobre as dores de parto:
"Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz" Apocalipse 12:1-2.

"Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono" Apocalipse 12:5.

Neste texto vemos uma mulher, que representa figurativamente a Igreja, e ela está com dores de parto sofrendo tormentos para dar à luz. Este é mais um texto que eu não entendia até conseguir compreender o real sentido dos textos dos evangelhos. Para entendê-lo devemos diferenciar o fato da mulher sofrer as dores de parto com o nascimento do filho varão. Quando lemos as cartas às Igrejas da Ásia, nos primeiros capítulos de Apocalipse, vemos que desde o início o Senhor está levantando cristãos vencedores, que representam este filho varão. Consequentemente, devemos entender que esta mulher está "sofrendo tormentos para dar à luz" desde os tempos da igreja primitiva. O nascimento do filho varão é a vinda oculta de Jesus, o arrebatamento.

É inconcebível entender que apenas no fim dos tempos a Igreja sofrerá dores de parto, pois percebemos que os vencedores estão sendo gerados desde o princípio da história. Desde o início os irmãos têm sofrido com aflições, perseguições, tormentos e muitos até entregaram a própria vida por Jesus. É claro que não houve arrebatamento desde então: isto acontecerá em algum momento futuro no tempo do fim. Mas certamente todos nós vivemos no período de dores da Igreja.

Tudo isso nos mostra que o Princípio das Dores é apenas o início da era das igrejas, que passou por várias eras (ou igrejas) e que se acabará na Grande Tribulação. A primeira era foi a era de Éfeso; a segunda foi a era de Esmirna; a terceira, Pérgamo; a quarta, Tiatira; a quinta, Sardes; a sexta, Filadélfia; e a sétima, Laodiceia.

A temática de Jesus quanto ao princípio das dores também fica muita clara no trecho dos versículos 1 ao 4 de Mateus 24. Estes versículos são instruções que devem ser entendidas, primeiramente, como sendo direcionadas aos discípulos de Jesus, os doze apóstolos do Cordeiro e do tempo em que viveram. Prova disso é a motivação de todo este discurso. Vejamos o inicio do capítulo que comprova estas coisas:

"Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. E ele lhes respondeu [...]" Mateus 24:1-4.

Vejam que neste texto desde o início a temática central era a destruição daquele templo em Jerusalém. Os discípulos se aproximam de Jesus para entender quando isso iria acontecer e para entender também sobre a consumação do século. Aqui a mensagem não é para nós, que vivemos os últimos dias, mas para os discípulos há dois mil anos. Pelo menos a parte relativa ao Princípio das Dores.

É bom entender este ponto, pois ele causa bastante confusão. Se lemos estes textos de Mateus, Marcos e Lucas com essa visão veremos que fará bastante sentido. Prova disso é que uma das características deste período que podemos identificar é que "ainda não é o fim". O Princípio das Dores, portanto, é o tempo dos apóstolos no primeiro século. Este é apenas o inicio da história da Igreja que começou no tempo dos apóstolos e durará até o tempo do fim, os sete anos de tribulação.

 Os Anticristos 

"Respondeu ele: Vede que não sejais enganados; porque muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu! E também: Chegou a hora! Não os sigais" Lucas 21:8.

O que Jesus falou acerca dos anticristos também foi direcionado, especificamente, aos seus discípulos. Depois da sua morte e ressurreição muitos vieram dizendo ser o messias que havia de vir ou mesmo se intitulando um profeta. Existem muitos textos em Atos, na primeira Epístola de João e mesmo na história antiga que nos mostram essa realidade.

Veja o que João falou acerca desse tema: "Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora" 1 João 2:18.

A primeira carta de João foi escrita entre os anos 85 e 90 do século 1 e afirma claramente que muitos anticristos estavam surgindo naqueles tempos. E mesmo o livro de Atos registra também algumas destas pessoas. Veja: "Porque, antes destes dias, se levantou Teudas, insinuando ser ele alguma coisa, ao qual se agregaram cerca de quatrocentos homens; mas ele foi morto, e todos quantos lhe prestavam obediência se dispersaram e deram em nada. Depois desse, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos consigo; também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos" Atos 5:36-37.

Conforme o historiador judeu Flávio Josefo, Teudas foi um personagem que surgiu doze anos após a morte de Jesus e congregou grande multidão para o seguir. Ele dizia que abriria o rio Jordão para que as pessoas passassem por ele em seco. Flávio Josefo também cita que naqueles tempos surgiram uma multitude de magos e impostores que se levantavam para enganar as pessoas através de sinais e milagres, ditos feitos pelo poder de Deus.

Atos ainda cita outra situação: "Ora, havia certo homem, chamado Simão, que ali praticava a mágica, iludindo o povo de Samaria, insinuando ser ele grande vulto; ao qual todos davam ouvidos, do menor ao maior, dizendo: Este homem é o poder de Deus, chamado o Grande Poder. Aderiam a ele porque havia muito os iludira com mágicas" Atos 8:9-11.

Veja que estes textos de Atos nos ilustram exatamente o que Jesus havia alertado aos seus discípulos. O texto nos fala que Simão praticava mágica em Samaria e iludia todo o povo enganando-os para acreditarem que ele era o poder de Deus.

Um último ponto que podemos considerar é que nenhum registro na palavra de Deus, ou mesmo na história, menciona que haviam impostores antes da vinda de Jesus Cristo.

 Guerras, rumores de guerras e revoluções 

"Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não vos assusteis; pois é necessário que primeiro aconteçam estas coisas, mas o fim não será logo" Lucas 21:9.

Assim como os anticristos, as guerras não são, nem de longe, um sinal do fim dos tempos. E isso nós não precisamos verificar com muito estudo na Palavra de Deus. Basta observar a história desde a morte e ressurreição de Jesus. Sempre houve guerras durante toda a história da humanidade. Sejam guerras, revoluções ou levantes, esses conflitos sempre estiveram presentes na civilização humana. Tudo isso sempre foi muito comum. Ainda hoje existem várias guerras, revoluções e levantes em curso no mundo.

Sempre houve guerras e elas também sempre estarão presentes em meio a humanidade até o fim. Sendo assim, as guerras não podem ser um sinal para verificarmos se o fim está próximo ou não. A guerra, em si, não pode determinar a chegada do tempo do fim.

Toda esta percepção faz cumprir um texto de Daniel, que diz: "E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações" Daniel 9:26.

Este texto nos mostra duas coisas interessantes. A primeira delas é uma profecia acerca da destruição da cidade de Jerusalém e do santuário, o segundo templo que foi destruído no ano 70 dC. Esta profecia nos revela que Jesus estava se referindo a este momento da história ao falar aos discípulos nos evangelhos. Devemos lembrar que para os judeus estes acontecimentos tiveram uma importância enorme, pois eles foram dispersados sobre a terra e só retornaram após o fim da segunda guerra mundial. Além disso a cidade de Jerusalém e o templo em si, que eles consideram até hoje ser o meio pelo qual Deus atua em meio aos homens, foi destruído. Este é o primeiro ponto que devemos observar.

O segundo ponto é a frase em vermelho: "[...] e até ao fim haverá guerra". Este versículo nos mostra que depois da destruição da cidade e do santuário não haverá um tempo sequer de paz sobre a terra até o tempo do fim. Sempre houve e sempre haverá guerra até o tempo do fim, a Grande Tribulação.

O texto do evangelho de Lucas também deixa claro que estas guerras não indicariam o tempo fim, pois o fim não seria logo. O que o texto de Lucas está dizendo é que estas guerras e revoluções não são acontecimentos que antecedem o fim, mas acontecimentos que estão ligados ao povo judeu, a cidade de Jerusalém e ao Templo. Como vimos anteriormente neste texto, o discurso de Jesus está sendo direcionado aos seus discípulos.

A história conta que houveram muitas guerras naqueles anos nos arredores de Jerusalém. O historiador Flávio Josefo descreve guerras na Palestina, Galileia e Samaria no ano 66 dC e muitos rumores de guerra na região. Josefo também cita alguns conflitos relacionados aos judeus. Ele diz que em Cesareia, no ano 59 dC, judeus e sírios disputavam sobre o direito àquela cidade e vinte mil judeus foram mortos. Comenta que em Citópolis mais de treze mil judeus foram mortos e outros cinquenta mil em Alexandria. Tudo isso aconteceu até a destruição de Jerusalém. Outro historiador romano também descreve guerras e insurgências em vários lugares como Alemanha, África, Turquia, Gália, Irã e Armênia.

"[...] porém tudo isto é o princípio das dores [de parto]" Mateus 24:8.

O versículo acima de Mateus nos traz um detalhe que também ajuda a confirmar que estas coisas não são relatos do fim dos tempos, mas do tempo de Atos no inicio do primeiro século. Tudo isso é somente o princípio das dores de parto. Essas guerras e rumores de guerras nada mais são do que um sinal que demonstrava o fim do período do segundo templo e da cidade de Jerusalém.

 Terremotos e fome 

"[...] e haverá fomes e terremotos em vários lugares" Mateus 24:7.

Nos textos de Mateus, Marcos e Lucas também temos a citação de Jesus acerca de terremotos e fome. Tudo isso, como vimos neste texto, também está direcionado aos discípulos e não ao nosso tempo contemporâneo.

 Terremotos 

Nos tempos da Igreja Primitiva os discípulos experimentaram grande número de terremotos. O historiador romano Tácito menciona vários terremotos em Roma. Ele escreveu: "Terremotos frequentes estão ocorrendo, de modo que muitas casas foram lançadas abaixo" e ainda "[...] doze cidades populosas da Ásia foram às ruínas em um terremoto".

O filosofo romano Séneca também mencionou os terremotos deste período. Em 58 dC ele escreveu: "Quantas vezes cidades da Ásia e da Acaia caíram com um choque fatal! Quantas cidades foram engolidas na Síria! Quantas na Macedônia! Quantas vezes o Chipre tem sido desperdiçado por estas calamidades! Quantas vezes Paphos [uma cidade no Chipre] tornou-se uma ruína! Chegam a nós as notícias da demolição de cidades inteiras de uma só vez".

No ano 60 dC Hierápolis, Colossos e Laodiceia foram destruídas por terremotos. Houve terremotos em Creta, Apameia, Esmirna, Mileto, Chios e na Judeia. Terremotos em vários lugares e todos eles entre a morte do Senhor Jesus e a destruição do templo em 70 dC.

Quando falamos sobre o princípio das dores devemos entender que estes terremotos foram um sinal no tempo dos discípulos e não devem ser entendidos como um sinal do fim dos tempos (ao menos quando tratamos acerca do principio das dores). Isso fica muito claro quando lemos estes textos e temos fontes históricas sobre o que aconteceu nos primeiros anos da Igreja.

 Fome 

"Naqueles dias, desceram alguns profetas de Jerusalém para Antioquia, e, apresentando-se um deles, chamado Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que estava para vir grande fome por todo o mundo, a qual sobreveio nos dias de Cláudio" Atos 11:27-28.

Os versículos acima de Atos nos mostram que a fome também foi uma realidade nos tempos da igreja primitiva. Este texto, por si só, já nos comprova que as palavras de Jesus foram direcionadas aos discípulos e ao inicio da era da Igreja após a sua morte e ressurreição.

Quando olhamos os registros históricos e o livro de Atos percebemos que essa fome citada por Jesus aconteceu nos tempos de Cláudio. Os historiadores romanos afirmam que apenas em Roma houve registro de trinta mil mortes relacionadas a fome. Tudo isso foi registrado na história por nomes como Tácito, Suetônio e Eusébio. Os registro mostram que ela foi muito severa em Jerusalém. Flávio Josefo também afirma que muitas pessoas morreram. A Judeia foi especialmente atingida e muitos discípulos enviaram ajuda aos irmãos da Judeia neste período (Atos 11:27-29). Tudo isso ocorreu conforme o texto bíblico no período do reinado de Cláudio de 41 a 54 dC.

 A perseguição contra a Igreja Primitiva 

"Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e vos matarão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome" Mateus 24:9.

Depois de compreender que todo este texto está sendo direcionado aos discípulos é óbvio que esta perseguição também é direcionada para os próprios discípulos de Jesus no tempo da igreja primitiva. Quando estudamos o livro de Atos, vemos que muitos destas coisas já foram cumpridas conforme a descrição do que Jesus disse no versículo acima. É muita vaidade da nossa parte achar que esta perseguição acontecerá apenas no tempo do fim e esquecer dos nossos irmãos que foram mortos brutalmente no tempo da igreja primitiva.

"Antes, porém, de todas estas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome e isto vos acontecerá para que deis testemunho" Lucas 21:12-13.

Este versículo de Lucas também nos mostra essa realidade. A palavra "antes" quer dizer que antes de todas as cosias que Jesus já havia predito (anticristos, guerras, terremotos e fome), a perseguição já se faria presente. E vemos que isso foi realidade na vida da maioria dos santos no livro de Atos.

"Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis [vós] açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho" Marcos 13:9.

Veja, que no livro de Marcos, Jesus é ainda mais direto em relação aos discípulos. Ele usa os pronomes "vós" e "vos" dando a ideia de que os ouvintes que ali estavam seriam os tais que seriam perseguidos.

E de fato eles foram! Estas palavas foram completamente cumpridas nos acontecimentos em Atos. Começando por Pedro e João. Quando eles curaram um paralítico à porta do templo, e foram ensinar às multidões, eles foram presos (Atos 4:3) e depois foram levados perante o sinédrio, onde deram testemunho acerca das coisas que sucederam (Atos 5:27) conforme Jesus havia predito. Depois Deus levantou Estêvão como diácono, homem cheio de poder e de fé, o qual os judeus nem mesmo podiam suportar, tamanha era a glória que resplandecia da sua face e das palavras de sabedoria que ele professava. E por se mostrar fiel e irrepreensível não puderam contra ele, antes, o apedrejaram e ele morreu vendo o céu aberto (Atos 7:55-60).

E ainda que concordando com tudo que se passava (Atos 8:1), estava Saulo, perseguidor da Igreja, que continua em sua jornada arrastando quantos cristãos ia encentrando pelo caminho (Atos 8:3). E, não satisfeito, foi a Damasco perseguir os irmãos, mas a glória de Deus o cobriu e ele mesmo viu o Senhor Jesus em glória de forma que seus olhos foram queimados com tamanho poder e nada comeu ou bebeu por três dias. E imediatamente passou a pregar Jesus o Cristo e ele mesmo sofreu perseguição ainda em Damasco (Atos 9:23-25). Paulo foi escolhido por Deus para levar a palavra para os gentios, para reis e para os judeus, mas também para sofrer pelo seu nome (Atos 9:16).

Tiago, irmão de João, também foi morto por Herodes (Atos 12:2) e Pedro foi atirado na prisão, de onde o Senhor lhe resgatou com a ajuda de um anjo (Atos 12:5-10). E ainda tomaram Jasom da sua própria casa por ter ele recebido Paulo e Silas. E por muitas outras ocasiões em Atos os discípulos foram perseguidos.

E se as muitas histórias de Atos não são satisfatórias, podemos também citar o tempo de Nero, que incendiou Roma no ano 64 dC e colocou a culpa nos cristãos passando a persegui-los por todo império romano. Tamanha foi a barbárie contras os cristãos promovida por Nero naquele tempo que tudo foi registrado pelo historiador Tácito: "[...] uma grande multidão foi condenada não apenas pelo crime de incêndio mas por ódio contra a raça humana. E, em suas mortes, eles foram feitos objetos de esporte, pois foram amarrados nos esconderijos de bestas selvagens e feitos em pedaços por cães, ou cravados em cruzes, ou incendiados, e, ao fim do dia, eram queimados para servirem de luz noturna".

O livro de apocalipse também registra esse tempo como a segunda era da Igreja, representada pela igreja em Esmirna (Apocalipse 2:8-11). Esta carta e a carta à igreja em Filadélfia, são as únicas que não possuem uma repreensão sequer. Veja:

"Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver. Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás. Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte" (Apocalipse 2:8-11).

Não há repreensão contra estes irmãos. Para eles foi dito, apenas, que fossem fieis até a morte, para então, receber a coroa da vida.

 A Pregação do Evangelho e o Fim 

"E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim" Mateus 24:14.

A ideia que normalmente temos quando lemos esses textos é que o evangelho será pregado em todo o mundo, e quando o evangelho finalmente chegar a todas as nações, então chegaremos ao fim. Mas será essa a melhor visão deste versículo?

Para entendermos devemos primeiro entender a qual fim Jesus está se referindo. Afinal, o que seria esse fim? O fim, ou o tempo do fim, até onde eu consegui verificar, é realmente a Grande Tribulação. A Grande Tribulação é o tempo do fim que foi profetizado por muitos profetas e santos através da história.

Quando Jesus se refere ao período chamado princípio das dores, ele realmente quer falar sobre os acontecimentos que os discípulos presenciariam em vida. Porém, este não é o único foco da discussão. Isso fica evidenciado em algumas partes do capítulo de Mateus 24. Quando os discípulos chegam até Jesus no monte das oliveiras eles dizem o seguinte: "Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século" Mateus 24-3. A pergunta dos discípulos teve dois núcleos. O primeiro está relacionado aos acontecimentos relativamente ao templo e aos próprios discípulos, o princípio das dores. O segundo está relacionado a vinda futura de Jesus e a sua Parousia, quando ele virá majestoso julgar o mundo.

O versículo 15 de Mateus também nos indica isso. Neste versículo Jesus cita o abominável da desolação, que certamente é um acontecimento da Grande Tribulação. Este acontecimento foi profetizado por Jesus e está relacionado ao templo. Como o templo foi destruído no ano 70dC e esta profecia ainda não foi cumprida, então a única possibilidade é que ela seja cumprida no tempo do fim. E se este é o caso, o fim do versículo anterior só poderia ser o tempo do fim, a grande tribulação.

Outro ponto são os versículos anteriores. Dos versículos 4 ao 8 de Mateus 24 Jesus parece se referir ao princípio das dores, a era dos apóstolos. Tanto que no versículo 8 ele resume toda a história: "[...] porém tudo isto é o princípio das dores" Mateus 24:8. Do versículo 9 ao 14 de Mateus 24 Jesus parece profetizar acerca de tempos dalém da era dos apóstolos como se ele estivesse resumindo, profeticamente, toda a história do mundo e culminando no versículo 14. Isso também é evidenciado no versículo 9 quando ele inicia a frase com a palavra "Então". Essa palavra evidência a continuidade temporal dos acontecimentos expostos anteriormente.

A palavra grega para “nações” aqui é “ethnos”, o que significa que a palavra será pregada para testemunho a todas as etnias e nacionalidades antes do fim. Este é o único pré-requisito para chegarmos ao fim citado neste texto. E o fim, como já citamos, é a grande tribulação que trataremos com maior detalhes nos dois próximos estudos Os sinais do tempo do fim e A Grande Tribulação.

 Conclusão 

Compreender o que a palavra nos ensina em verdade é vital para alcançar a revelação de Deus. Muitas vezes o que ouvimos dita a nossa crença e acaba maculando a realidade da palavra de Deus. Este texto é um grande exemplo. Tenho certeza que muitos, assim como eu, também acreditavam que o princípio das dores era o tempo anterior a grande tribulação. Mas dou glória a Deus que mesmo em coisas tão pequenas nos ensina e instrui.

Quanto ao mais, devemos lembrar que a cada dia nos aproximamos da vinda do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Devemos estar atentos para entender o tempo em que vivemos, para não ser pegos desprevenidos. Quanto aos sinais da vinda de Cristo em nosso tempo, leia também a segunda parte deste estudo: Os sinais do tempo do fim.

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