ola a paz do Senhor aqui esta um poco sobre o profetajeremias Ass. Missionario Cristiano Jeremias foi um profeta que profetizou em Judá durante o reinado de seus últimos monarcas, no período de declínio e queda do Reino do Sul nos séculos 7 e 6 a.C.O profeta Jeremias falou sobre o avanço inevitável da Babilônia, que culminou no exílio do povo judeu. Neste texto conheceremos o que a Bíblia diz sobre quem foi Jeremias.
Quem foi Jeremias?
Jeremias foi filho Hilquias e nasceu na cidade de Anatote no território de Benjamim, em aproximadamente 650 a.C., no período final do reinado do rei Manassés de Judá. Anatote era um vilarejo sacerdotal que ficava aproximadamente a três quilômetros de distância de Jerusalém (Js 21:17-18; cf. Jr 11:21-23).
Jeremias era um sacerdote, além de ser um profeta, e viveu num dos períodos mais conturbados da história do Oriente Antigo. Quando Jeremias nasceu, Israel, o Reino do Norte com capital em Samaria, já havia caído há pelo menos 70 anos diante do Império Assírio.
O nome Jeremias pode ser escrito de duas formas diferentes em hebraico, uma mais longa, Yirmeyahu, e outra mais curta, Yirmeya. No grego o nome Jeremias aparece como Ieremias. Existem duas possibilidades para o significado desse nome. Jeremias pode significar “o Senhor edifica”, no sentido de exaltar, ou “o Senhor lança”.
Considerando também o significado do nome do pai do profeta Jeremias, Hilquias, que significa em hebraico “o Senhor é a minha porção”, pode ser entendido que a família de Jeremias era fiel ao Senhor mesmo durante as terríveis práticas idólatras durante o reinado de Manassés.
A história de Jeremias: Sua infância e juventude
Durante sua infância, os reinados de Manassés e Amom foram marcados pela apostasia e idolatria (2Rs 21). O próprio Manassés anulou completamente as reformas iniciadas por Ezequias, seu pai.
Apesar disso, na cidade sacerdotal de Anatote Jeremias teve contato com a tradição religiosa de seu povo, e cresceu em um lar temente e obediente a Deus, onde foi instruído na Lei e recebeu também profundo conhecimento das profecias de profetas anteriores, como Isaías, Amós e Oséias.
Se a situação interna em Judá era lamentável por conta do declínio religioso e o paganismo, o ambiente internacional também era bastante movimentado, com um clima de constante tensão envolvendo os assírios, os egípcios e os babilônios. Esse era o cenário em que Jeremias passou seus primeiros anos.
O chamado de Jeremias
Quando o rei Manassés morreu, provavelmente Jeremias tinha cerca de dez anos de idade. Amom, o filho de Manassés, governou por dois anos entre 642 e 640 a.C. (2Rs 21:19-26). Depois, quem assumiu o trono foi o jovem Josias, que governou entre 640 e 609 a.C.
Jeremias foi chamado pelo Senhor como profeta no décimo terceiro ano de reinado de Josias, em 627 a.C. Na descrição de sua convocação, podemos perceber a forma soberana com que Deus o chamou:
Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. (Jeremias 1:5)
A resposta de Jeremias diante do chamado de Deus foi a de que ele era incapaz para desempenhar tal tarefa, pois não passava de um menino. Essa foi a mesma objeção feita por Moisés (Êx 4:10), também semelhante à observação do rei Salomão quando assumiu o trono de Israel (1Rs 3:7).
A resposta de Jeremias, além de indicar uma possível idade prematura para exercer tamanha responsabilidade, também pode significar que ele ainda era espiritualmente e socialmente imaturo, uma pessoa humilde e que não possuía autoconfiança.
Diante da objeção do jovem Jeremias, o Senhor o tranquiliza dizendo “não temas” (Jr 1:8). O Senhor o avisou que ele falaria tudo o que lhe fosse ordenado, mas também prometeu que estaria com ele durante os terríveis anos de aflição que se aproximavam.
O ministério do profeta Jeremias
O profeta Jeremias exerceu seu ministério num período de pelo menos quarenta anos, desde sua chamada em 627 ou 626 a.C. até pouco depois da queda de Jerusalém, em 587 a.C. Assim, o profeta Jeremias profetizou durante o reinado dos reis de Judá: Josias (640-609 a.C.), Jeoacaz (609 a.C.), Jeoaquim (609-598 a.C.), Joaquim (598-597 a.C.) e Zedequias (597-586 a.C.).
Um fato bastante interessante é que o ano de início do ministério do profeta Jeremias foi marcado por grandes reviravoltas internacionais que marcaram a história mundial. Entre 627 e 626 a.C., Assurbanípal, o último grande rei da Assíria, e Candalanu, o governante da Babilônia, morreram, e Nabopolasar, pai de Nabucodonosor, aproveitou o momento e se tornou o rei da Babilônia, o que acabou culminando na conquista da Assíria em 612 a.C. e no florescer do Império Babilônico como a maior potência mundial em 605 a.C.
O ministério do profeta Jeremias começou em Anatote e provavelmente ele permaneceu ali durante alguns anos. Durante esse período, talvez ele parecesse ser um profeta insignificante de um pequeno vilarejo.
Existe um período de silêncio no ministério de Jeremias de cerca de treze anos (aproximadamente 621-609 a.C.), onde não há informações sobre a sua vida. Provavelmente durante esse período ele migrou de Anatote para a capital, Jerusalém.
Após a morte de Josias, Jeoacaz foi colocado no trono de Judá, mas este reinou por apenas três meses sendo deposto pelo Faraó Neco. Para servir aos interesses do Egito, em seu lugar foi posto Jeoaquim.
O profeta Jeremias era contra a liderança de Jeoaquim, sendo que foi nos primeiros anos de seu governo que o profeta proclamou o importante sermão no Templo que resultou em seu banimento do Templo e quase lhe custou a vida (Jr 7:1-8:3). Jeremias também profetizou a morte de Jeoaquim (Jr 22:18,19; 36:30).
Depois da morte de Jeoaquim, seu filho, Joaquim, assumiu em seu lugar, mas governou por apenas três meses antes de ser levado para a Babilônia. Em seu lugar Nabucodonosor colocou Zedequias.
Nessa época o Egito e a Babilônia estavam disputando o controle daquela região, e o profeta Jeremias repetidamente profetizou acerca da vitória da Babilônia, insistindo que qualquer esforço para resistir ao avanço da Babilônia, mesmo recorrendo a uma possível aliança com o Egito, seria inútil, pois a Babilônia era um instrumento nas mãos de Deus para executar Seu juízo. Claro que esse seu posicionamento lhe rendeu perseguições (cf. Jr 37:3,17).
A mensagem do profeta Jeremias
Apesar do ministério do profeta Jeremias ter sido bastante longo, sua mensagem principal é muito clara, e podemos pontuá-la da seguinte forma:
O profeta Jeremias convocou o povo ao arrependimento a fim de evitar o julgamento divino.
Depois, o profeta Jeremias avisou que o tempo de arrependimento havia se esgotado, e que Judá sofreria o juízo de Deus. Tal juízo seria muito severo, pois implicava na perda da Terra Prometida.
Jeremias profetizou que o cativeiro babilônico seria inevitável, e que Jerusalém cairia diante de Nabucodonosor.
Jeremias mostrou, através de sua mensagem, que Judá mereceu o cativeiro por causa dos graves pecados, sobretudo a idolatria, que persistiram em cometer.
O profeta Jeremias anunciou que o Templo em Jerusalém não poderia proteger os judeus do julgamento iminente.
Jeremias também profetizou que Deus salvaria um remanescente de Seu povo por meio do exílio, pois quando o período de cativeiro terminasse, haveria uma maravilhosa restauração sob uma nova aliança (Jr 31:31-34). O Novo Testamento nos mostra que essa promessa encontra seu cumprimento em Cristo (Lc 22:20; 1Co 11:25; Hb 8:6; 9:15; 12:24).
Quando lemos a profecia do profeta Jeremias registrada em seu livro, entendemos que sua mensagem serviu para lembrar os exilados sobre os motivos que lhes conduziram às provações que estavam enfrentando, e assegurar-lhes que, ao se arrependerem, eles voltariam para Jerusalém e desfrutariam de grande bênçãos.
A personalidade e a vida do profeta Jeremias
Jeremias exerceu todo seu ministério de maneira vigorosa, mesmo diante de muitas aflições. Ele teve uma vida bastante solitária, muito por conta da mensagem impopular que transmitia (Jr 15:17).
Durante seu ministério é possível perceber a forma com que ele se envolveu pessoalmente com sua mensagem, de modo que ele sentiu, antes do próprio povo, agonia diante da aproximação do cativeiro babilônico, além de também sentir a fúria do Senhor sobre o pecado do povo (Jr 4:19-21; 8:21-9:3; 10:19-22; 14:19-22).
Jeremias foi proibido pelo Senhor de se casar e formar uma família, isso para servir como um sinal das transformações que o exílio resultaria na vida cotidiana do povo (Jr 16:2). Jeremias experimentou angustias tão grandes durante sua vida que, por conta de seu lamento, ele ficou conhecido popularmente como o profeta chorão (cf. Jr 4:19; 8:18,21; 9:1,10; 13:17).
O profeta Jeremias foi preso e teve sua vida ameaçada várias vezes, pois a mensagem que proclamava fazia com que ele se colocasse em oposição à liderança de Judá. Às vezes, Jeremias parecia que detestava sua missão, pois ela lhe ocasionava grandes problemas, inclusive com seus parentes e conhecidos. Ele era alvo de zombaria e todos o amaldiçoavam (Jr 11:18-21; 12:1-6; 15:10-21; 17:12-18; 18:19-23; 20:7-18).
Com base nos detalhes registrados por Baruque, seu escriba, é possível perceber que Jeremias tinha uma personalidade forte, repleta de contrastes. Ele era um homem honesto, um profundo observador analítico, gentil, afetuoso e, ao mesmo tempo, inflexível.
Apesar de se lamentar com frequência, o profeta Jeremias era uma pessoa otimista e de oração. Ele superou qualquer timidez que pudesse ter no início de seu ministério, e suportou a hostilidade, a solidão, a angústia e até mesmo a sensação do aparente fracasso.
Diante de um sofrimento tão intenso, o profeta Jeremias em algumas ocasiões não conseguia entender por que estava sendo submetido a tudo aquilo, chegando até mesmo a acusar o Senhor de tê-lo enganado (Jr 20:7) e desejar a morte (Jr 20:18). Todavia, no fim o profeta entendeu que Deus é soberano e controla todas as coisas.
O final do ministério do profeta Jeremias
Após a queda de Jerusalém, a fama de Jeremias já havia se espalhado até mesmo na Babilônia, e o rei Nabucodonosor o deixou em Jerusalém para ficar com o restante dos judeus que não foram levados para a Babilônia.
O profeta Jeremias então permaneceu ali até que o governador de Judá, Gedalias, foi assassinado por Ismael, um fanático judeu. Temendo uma represália dos babilônios, muitos judeus fugiram para o Egito, mesmo contra as advertências de Jeremias (Jr 42), e acabaram obrigando o profeta a segui-los (Jr 43).
Já no Egito, o profeta Jeremias, com a idade de pelo menos setenta anos, continuou pregando a Palavra de Deus(Jr 44:), e, possivelmente, morreu ali pouco tempo depois. Na verdade, nada se sabe sobre as circunstâncias de sua morte, apesar de que havia uma tradição que afirmava que Jeremias morreu apedrejado pelos judeus em Tafnes.
Surgiu também entre os judeus uma crença de que o profeta Jeremias ressuscitaria dentre os mortos, e restauraria o Tabernáculo trazendo a Arca da Aliança e o altar do incenso que supostamente ele teria escondido em uma caverna por ocasião da queda de Jerusalém.
Talvez essa antiga crença possa explicar o porquê que alguns diziam que Jesus era Jeremias, conforme a resposta dada pelos discípulos diante da pergunta de Jesus sobre o que o povo dizia acerca de sua identidade (Mt 16:13-14).
Existem também outros personagens da Bíblia com o nome de Jeremias, dos quais podemos destacar:
O chefe do clã na tribo de Manassés (1Cr 5:24).
Três guerreiros que se juntaram a Davi em Ziclague (1Cr 12:4,10,13).
O pai de Humutal, esposa do rei Josias (2Rs 23:31; 24:18; Jr 52:1).
O pai de Jazanias, um contemporâneo do profeta Jeremias (Jr 35:3).
Um sacerdote que retornou da Babilônia após o exílio com Zorobabel. O livro de Neemias cita em três ocasiões o nome Jeremias, mas existe dúvida se são três pessoas diferentes, pelo menos duas ou apenas uma (Ne 10:2; 12:1,12,34).
É importante mencionarmos esses outros homens para que nenhum deles seja confundido com o profeta Jeremias durante a leitura de algum texto bíblico.
a paz do Senhor asistaõ esté vidio com atençaõ Ass.Missionario Cristiano whatsapp 011 979657593
O que é o Juízo Final?
O Juízo Final é o dia de julgamento de todas as pessoas, no fim dos tempos. Os mortos irão ressuscitar e Deus irá julgar as ações de cada um. Quem for condenado irá para o inferno mas os salvos por Jesus irão para o Céu.
A Bíblia diz que o Juízo Final vai acontecer no fim dos tempos, depois da segunda vinda de Jesus. O Juízo Final é um tribunal: Deus será o juiz e todas as pessoas que alguma vez existiram serão julgadas. Todos ressuscitarão para esse julgamento (Daniel 12:2).
As ações de cada pessoa serão expostas e julgadas com imparcialidade por Deus (Apocalipse 20:12-13). Todos que não tiverem seus nomes escritos no Livro da Vida serão condenados por causa de seus pecados. Eles serão lançados no lago de fogo, junto com o diabo e seus anjos, onde sofrerão castigo eterno (Apocalipse 20:15).
Os verdadeiros seguidores de Jesus terão seus nomes escritos no Livro da Vida. Eles escaparão do julgamento no dia do Juízo Final e vão morar no Céu com Jesus (Mateus 25:32-34). Mas os que apenas fingem amar Jesus serão revelados e condenados.
O Juízo Final é injusto?
Não, o Juízo Final não é injusto. Uma pessoa pode ser muito boa mas se cometer um crime, vai receber castigo. Da mesma forma, todo pecado merece castigo. Deus não se alegra em castigar mas Ele é justo e perfeito e não tolera o pecado. O castigo do pecado é ficar eternamente separado de Deus (Romanos 3:23).
Quem rejeita Jesus como seu salvador não quer estar com Deus. Tudo de bom vem de Deus, por isso uma eternidade sem Deus é eterno sofrimento.
Mas Deus nos deu uma forma de escapar no Juízo Final, recebendo perdão. Na cruz Jesus levou nosso castigo. Agora quem se arrepende de seus pecados e aceita o sacrifício de Jesus pode ficar eternamente junto de Deus (João 3:17-19).
E quem nunca ouviu sobre Jesus?
A Bíblia não é clara sobre o que acontecerá a quem nunca ouviu sobre Jesus no Juízo Final. Mas Romanos 2:14-15 parece sugerir que quem nunca teve a oportunidade de conhecer Jesus será julgado por sua consciência. Não sabemos como Deus vai julgar essas pessoas mas podemos confiar que Ele será justo.
Que a Graça do Senhor e Salvador Jesus Cristo esteja sobre todos em nome do senho jesus Ass. Missionario Cristiano presidente e propietario da Radio 12,3 FM Radio opoder da Revelaçaõ Resgatando vidas
ola a paz do senhor aqui esta a biografia de bernabé por escrito Ass. Missionario Cristiano whatsapp 011 979657593 Meus amados e queridos irmãos em Cristo Jesus, a Paz do Senhor! arnabé foi um missionário da igreja primitiva que ficou conhecido por sua generosidade. Ele evangelizou vários lugares no império romano e foi o mentor do apóstolo Paulo. O ministério de Paulo deveu muito ao apoio de Barnabé.
Barnabé era um judeu da tribo de Levi, natural da ilha de Chipre, que se tornou cristão. Seu nome era José mas os apóstolos o chamaram de Barnabé, que significa “encorajador”, ou “filho da consolação”. Barnabé era um membro valioso da igreja.
Além de encorajador, Barnabé era muito generoso. Ele vendeu um terreno que era seu e deu o dinheiro todo à igreja, como oferta (Atos dos Apóstolos 4:36-37). Mais tarde, quando a igreja de Antioquia juntou uma oferta para os crentes pobres na Judéia, eles confiaram o dinheiro a Barnabé.
Quando Saulo (também conhecido como Paulo) se converteu, ninguém confiava nele, porque ele antes tinha sido um perseguidor de cristãos. Mas Barnabé teve coragem e confiou em Paulo. Graças à intervenção de Barnabé, Paulo foi aceito pelos apóstolos e não foi mais excluído da comunidade cristã (Atos dos Apóstolos 9:26-27).
Mais tarde, a igreja enviou Barnabé para cuidar da igreja que estava crescendo em Antioquia. Vendo que havia muito trabalho, ele chamou Paulo para o ajudar. Durante um ano, Barnabé e Paulo converteram muitas pessoas e fortaleceram a igreja de Antioquia (Atos dos Apóstolos 11:25-26).
Depois dessa missão, Deus chamou Barnabé e Paulo para uma grande viagem missionária. Começando em sua terra natal de Chipre, Barnabé e Paulo viajaram por vários territórios, pregando o evangelho, fazendo milagres e estabelecendo igrejas. Muitas pessoas se converteram mas eles também enfrentaram muita perseguição e em alguns lugares quase foram mortos.
Terminada a missão, Barnabé e Paulo voltaram para Antioquia. Lá eles entraram em conflito com cristãos judeus que queriam impor a Lei de Moisés sobre os outros cristãos. Os dois foram escolhidos para irem a Jerusalém para conversar com a liderança da igreja sobre o assunto (Atos dos Apóstolos 15:1-2).
Quando Barnabé e Paulo contaram sobre tudo que Deus tinha feito entre os cristãos gentios (não-judeus), sem a Lei de Moisés, todos os líderes da igreja concordaram que não era mais necessário obedecer a todas as regras do Judaísmo. Essa notícia alegrou muito os cristãos de Antioquia, que eram quase todos gentios.
Barnabé também foi o mentor de seu primo João Marcos, que foi a pessoa que provavelmente escreveu o evangelho de Marcos. Na sua viagem missionária, Barnabé e Paulo tinham levado João Marcos mas ele tinha desistido a meio. Por isso, quando Barnabé sugeriu levá-lo em mais uma viagem missionária, Paulo discordou (Atos dos Apóstolos 15:36-38).
Barnabé e Paulo brigaram por causa de João Marcos e isso rompeu a equipe. Paulo seguiu em mais uma viagem por vários territórios mas Barnabé levou João Marcos novamente para o Chipre. O livro de Atos dos Apóstolos não conta o que aconteceu depois com Barnabé, mas as cartas de Paulo indicam que ele se reconciliou com Barnabé e João Marcos.
Apesar de não ser tão conhecido como Paulo, Barnabé ficou na História por ser um homem bom, que ajudou outros a realizarem seu potencial. Por causa da confiança e do apoio de Barnabé, tanto Paulo como João Marcos deixaram um grande contributo ao Cristianismo.
Nesta oportunidade estaremos abrindo a Palavra de Deus que se encontra no Livro do Profeta Daniel 1. 1-21 Que nos diz:
1 No ano terceiro do reinado de Jeoiaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei de babilônia, a Jerusalém, e a sitiou.
2 E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoiaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.
3 E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, e da linhagem real e dos príncipes,
4 Jovens em quem não houvesse defeito algum, de boa aparência, e instruídos em toda a sabedoria, e doutos em ciência, e entendidos no conhecimento, e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei, e que lhes ensinassem as letras e a língua dos caldeus.
5 E o rei lhes determinou a porção diária, das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, para que no fim destes pudessem estar diante do rei.
6 E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias;
7 E o chefe dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias o de Sadraque, e a Misael o de Mesaque, e a Azarias o de Abednego.
8 E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar.
9 Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos.
10 E disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; pois por que veria ele os vossos rostos mais tristes do que os dos outros jovens da vossa idade? Assim porias em perigo a minha cabeça para com o rei.
11 Então disse Daniel ao despenseiro a quem o chefe dos eunucos havia constituído sobre Daniel, Hananias, Misael e Azarias:
12 Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, e que se nos dêem legumes a comer, e água a beber.
13 Então se examine diante de ti a nossa aparência, e a aparência dos jovens que comem a porção das iguarias do rei; e, conforme vires, procederás para com os teus servos.
14 E ele consentiu isto, e os experimentou dez dias.
15 E, ao fim dos dez dias, apareceram os seus semblantes melhores, e eles estavam mais gordos de carne do que todos os jovens que comiam das iguarias do rei.
16 Assim o despenseiro tirou-lhes a porção das iguarias, e o vinho de que deviam beber, e lhes dava legumes.
17 Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos.
18 E ao fim dos dias, em que o rei tinha falado que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor.
19 E o rei falou com eles; entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei.
20 E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino.
21 E Daniel permaneceu até ao primeiro ano do rei Ciro.
Daniel foi um homem retirado de sua terra natal ainda jovem para trabalhar em um dos lugares mais hostis em que poderia se encontrar: o palácio do império inimigo. Mas mesmo em um lugar tão adverso ele se levantou corajosamente, como um lembrete em meio à cultura pagã vigente: Há apenas um só Deus, e não há quem possa impedir a sua mão.
Introdução à biografia do profeta Daniel.
O estudo verso a verso do livro de Daniel tem como objetivo revelar a história desse jovem hebreu que, com 18 anos de idade, foi levado preso para Babilônia e se tornou oficial do governo do Império Babilônico comandado pelo rei Nabucodonosor, sob a bênção e direção de Deus. O livro também revela como Deus protegeu e abençoou a vida desse jovem que sempre foi fiel aos princípios bíblicos. Ele foi usado pelo Senhor para revelar o significado de muitas profecias e deixar grandes lições.
O livro é dividido em duas partes: os capítulos de 1 a 6 tratam da parte histórica, e os capítulos 7 a 12, da parte profética. Os primeiros seis capítulos apresentam o conflito sobrenatural entre as forças do bem e do mal. Os demais revelam a tentativa humana de estabelecer um domínio mundial, perseguindo-se inclusive o povo de Deus.
Vale lembrar que este estudo é livre de qualquer opinião pessoal ou interpretações religiosas. Todos os significados de versos, datas e símbolos são retirados da própria Bíblia, confirmados pela história da humanidade.
Daniel viveu na Babilônia até 538 a.C., ou seja, aproximadamente a época em que se cumpriram os 70 anos da profecia de Jeremias 29:10. Uma das primeiras providências de Ciro, após a tomada de Babilônia, foi a emissão de um decreto que permitia a todos os exilados e descendentes o retorno a suas respectivas pátrias de origem, se assim o desejassem. Desse modo, não apenas aos judeus, como também aos demais povos que haviam sido escravizados por Nabucodonosor, foi concedida a liberdade.
Mais tarde, Ciro permitiu também que retornassem a seus países de origem todos os deuses que haviam sido tomados por Nabucodonosor. No caso dos judeus, que evidentemente não possuíam uma imagem do Deus verdadeiro como objeto de adoração, esse decreto significou o retorno de todos os utensílios sagrados do templo e até mesmo a promessa de reconstruir o templo de Jerusalém às expensas do Império.
Daniel viveu por muito mais tempo ainda. Sua última visão está datada no terceiro ano do reinado de Ciro (Dn 10:1), sendo que nessa ocasião o profeta deveria estar com aproximadamente 87 anos de idade. Nessa época, Daniel já se encontrava demasiadamente idoso para valer-se da oportunidade de retornar à sua pátria.
Esse capítulo mostra Deus em ação. Deus “entrega” os judeus com o propósito de abrir-lhes os olhos para as conseqüências de sua rebelião. O objetivo era conduzi-los a um estilo de vida melhor. Deus “concedeu” a Daniel o auxílio necessário para transformar um jovem exilado num competente administrador público e conselheiro.
Por meio dos quatro jovens hebreus, Deus pôde cumprir Seu propósito. A vida de Daniel e seus companheiros é uma demonstração do que o Senhor fará pelos que buscam de todo o coração realizar o Seu propósito
Data do seu Livro: Por volta de 606 A.C
I. Contexto histórico.
O livro de Daniel começa com Nabucodonosor no trono da Babilónia. A dinastia substituíra a assíria como potência dominante na região oriental do Mediterrâneo durante o último quarto do século VII a.C., e quando Nabucodonosor derrotou os egípcios em Carquemis em 605 a.C., já estava firmemente estabelecida. Em 604 ele sucedeu ao seu pai no trono.
Expandiu mais ainda as conquistar do pai, e conforme o relato do livro de Reis, em 587-586 finalmente subjugou Judá e saqueou Jerusalém, desterrando para a Babilónia uma grande parte da população. O livro de Daniel pressupõe que tenha havido uma invasão anterior de Judá quando alguns cativos foram levados, inclusive Daniel.
Depois da morte de Nabucodonosor em 562, seu filho e netos revelaram-se incapazes e, em 556, uma revolução por fim colocou no trono alguém que não pertencia à família real, chamado Nabonedo. Seu filho era Belsazar que, segundo parece, reinava na Babilónia como preposto pelo pai quando o império caiu sob os persas do rei Ciro, em 539. Depois disso, o Próximo Oriente foi governado durante dois séculos por uma sucessão de soberanos persas. Destes Dario I foi historicamente o mais conhecido. Logo após, em fins do século IV, veio a derrota dramática do Império Persa por Alexandre Magno que estabeleceu a supremacia grega sobre toda a área do império, em 331 a.C. Alguns anos depois da morte de Alexandre, o seu reino no Próximo Oriente foi dividido em dois. A dinastia ptolemaica, cujo nome se deve ao seu primeiro soberano Ptolomeu I Soter, governou a área ao redor do Egito, e a dinastia selêucida, iniciada pelo soberano Seleuco I Nicator, tendia a dominar a Síria e a Palestina. Entre as duas casas reais, às vezes havia casamentos, e outras conspirações e traição. Os ptolomeus egípcios dominaram até que, em 198 a.C., o selêucida Antíoco Magno derrotou Ptolomeu Epifânio e finalmente obteve incontestada ascendência sobre a Palestina. O acontecimento mais importante, no que dizia respeito aos judeus, ocorreu em 175 quando, depois de algumas intrigas, Antíoco IV Epifânio conseguiu o trono dos selêucidas. A pessoa, a carreira e as ambições deste soberano, muita atenção é dada no livro de Daniel.
Durante este período, as circunstâncias do povo de Deus mudaram consideravelmente. Como exilados na Babilónia sob o governo de Nabucodonosor, tiveram de enfrentar os problemas de se estabelecer numa terra estranha, dominada por uma religião pagã, e também de permanecerem fiéis ao Deus de seus pais, embora não tivessem templo nem ritual de sacrifícios. Daniel e os seus três companheiros são exemplos de como os que foram fiéis conseguiram fazer isso de modo triunfante. Depois da ascensão de Ciro, o Persa, ao trono em 539, alguns dos exilados voltaram à Palestina e, por terem aumentado em número edificaram primeiro o templo e depois os muros. Os imperadores persas eram, de modo geral, amistosos, e a comunidade que voltou desfrutava, em boa medida, de liberdade religiosa. Já sob o império grego, porém, tiveram de enfrentar uma ameaça muito mais severa do que tinham tido até então, até mesmo no exílio. Alexandre Magno tinha a ambição não somente de conquistar o mundo, como também "helenizá-lo", isto é, submeter tudo à influência do espírito grego. Colocou o processo de helenização em andamento, e os que vieram depois, conseguiram um notável sucesso.
Os costumes gregos e a maneira grega de encarar o mundo foram amplamente difundidos. Parecia que tudo quanto era grego impregnava as coisas com a sua presença e deste modo se tornou universal. A influência da cultura grega penetrou nas antigas religiões do Oriente e produziu as religiões helenísticas de mistério.
Durante muitas gerações, a nação judaica como um todo conseguiu resistir a este movimento, pois na Palestina, sob o governo ptolemaico, nenhuma pressão externa foi imposta à população para fazê-la adotar os costumes gregos. Mas dentro da próxima comunidade judaica, especialmente nos círculos intelectuais e sacerdotais, e entre aqueles que estavam envolvidos na política do poder daqueles dias, surgiu um forte partido helenizante.
Quando Antíoco Epifânio alcançou o poder na Síria e na Palestina, lançou-se numa campanha resoluta e inescrupulosa para impor o helenismo a toda a população, usando o engodo, subornos e intrigas, além de destruir impiedosamente toda a resistência aberta.
A história das suas manobras, dos seus sucessos, e dos seus fracassos final pode ser lida nos livros dos Macabeus. Até mesmo antes de se iniciar o seu reinado, o cargo de sumo-sacerdote em Jerusalém ficou vago, e recebeu suborno para nomear Jasom, um dos líderes do partido helenizante. Este passo foi seguido pelo estabelecimento de uma escola em Jerusalém para que jovens judeus pudessem ser treinados nos costumes gregos, participando de jogos gregos e adoptando modas gregas. À medida que o programa de helenização avançava, havia intrigas mais profundas, e um impostor sem escrupuloso, Menelau, suplantou Jasom nas boas graças do rei. Sob Menelau como sumo-sacerdote, houve mais contendas e intrigas, levando a massacres nas ruas, ao estabelecimento de uma guarnição síria na cidade, à fuga de refugiados e à publicação de decretos que proibiam as práticas religiosas do povo judeu. O castigo para tais infrações era a morte. Ordens foram dadas para o templo ser dedicado à adoração de Zeus do Olimpo, e no ano 168, um altar foi erigido no templo para honrar a Zeus e realizar sacrifícios a esse deus. Os deuses pagãos deviam ser honrados noutras localidades; comer alimentos imundos era compulsório. Os decretos foram executados com brutalidade. Houve muitos massacres e muitos mártires.
Entretanto dois partidos ofereceram resistência. O partido dos macabeus sob a inspiração e liderança de Matatias, um sacerdote do interior, e seus filhos, despertou a resistência armada, entrou no campo da batalha, e finalmente foi bem-sucedido. O outro partido de resistência foi o dos hasidins(1), ou santos. Tratava-se de um partido separatista cuja política era a resistência passiva e rigorosa fidelidade à lei, especialmente em certos pontos que lhes pareciam questões cruciais, tais como as leis que proibiam comer certos alimentos. Mesmo durante as lutas, os hasidins recusaram lutar no dia de sábado e eram impiedosamente trucidados. Estes dois partidos juntaram-se por algum tempo. A certa altura, por exemplo, os macabeus chegaram a suspender a observância do sábado, para assim encorajar os hasidins a vencer um dos seus escrúpulos. De modo geral, no entanto, estes últimos desejavam permanecer independentes do apoio político, somente confiando em Deus. Havia profundas diferenças entre as ideias e os pontos de vista desses dois grupos.
Este período, de 605 até 165 a.C., compreende o período histórico que é objeto imediato da detalhada exposição feita pelo autor do livro de Daniel.
II. Daniel era era eunuco.
Eunucos eram homens que nasciam sem os testículos, portanto não tinham a capacidade de procriarem ou que eram submetidos a uma cirurgia para retirada dos testículos, por motivos de segurança, pois eram incumbidos de tomarem conta das princesas e esposas dos reis, não tendo assim como manter relações sexuais com as mesmas.
O que sabemos de Daniel: Ele exercia este trabalho na casa real.
. As funções de Daniel na casa do Rei foi outras, ele esta a no serviço ao Rei, e pertencia ao grupo dos conselheiros do Rei. Por tanto não há motivos de imaginarmos que ele estava servindo princesas e esposas do Rei, e por este motivo seria eunuco.
Os jovens se tornavam eunucos para prestarem serviço a rainha e as princesas, na parte reservada do Palácio. Daniel estava a serviço direto do Rei, era um conselheiro, com autoridade e determinação. A compreensão é diferente.
- Não existe nenhuma citação de nome de esposa de Daniel no texto. Parece que esta informação não seja importante.
III. Daniel chega a Babilônia.
Nabucodonosor ordenou que o chefe dos seus eunucos trouxesse para o palácio jovens bonitos, instruídos e que fizessem parte da classe mais alta da população de Jerusalém. Entre esse grupo estava Daniel e seus amigos: Hananias, Misael e Azarias.
Assim que chegaram ao palácio do rei, o chefe dos eunucos trocou-lhe os nomes. Daniel passou a ser chamado de Beltessazar, Hananias de Sadraque, Misael de Mesaque e Azarias de Abede-Nego. E foi oferecido a eles todas as bebidas e comidas que eram servidas a mesa do próprio rei. O acordo é que eles servissem a corte durante três anos e fossem preparados para ao final entrar na presença do rei e prestar auxílio.
Daniel decidiu que não iria se contaminar com a cultura babilônica e pediu ao chefe dos eunucos que não o obrigasse a comer a comida do rei e a beber o seu vinho. Deus abençoou Daniel enchendo o coração do chefe de compreensão e este disse:
– Tenho medo do rei, o que será de mim se ele descobrir que você e seus amigos não estão comendo o alimento ordenado? E se o rei perceber que vocês estão mais fracos e magros? A culpa cairá sobre a minha cabeça!
Daniel pediu ao chefe que fosse feita uma experiência de dez dias, ele e seus amigos iriam comer apenas legumes e água e ao final do período o chefe deveria compará-los com os outros jovens que comiam das iguarias do rei e decidir segundo o que bem lhe parecia.
O chefe dos eunucos concordou e no final dos dez dias a aparência de Daniel e de seus amigos era melhor do que a dos outros jovens. Com isto eles puderam continuar sua alimentação com legumes e água.
Deus deu aos quatro jovens muito conhecimento e inteligência, mas a Daniel ainda deu inteligência de interpretar sonhos e visões.
Daniel e seus amigos passam a servir ao rei
Ao se completar o tempo de três anos eles foram trazidos a presença do rei, foram considerados mais inteligentes e sábios do que todos os outros jovens e foram chamados a realizar serviços diretamente para o Nabucodonosor. O rei os considerava mais sábios do que todos os feiticeiros e encantadores que havia no seu reino.
IV. A Interpretação do sonho de Nabucodonosor.
Certo dia o rei Nabucodonosor teve um sonho e ficou muito perturbado com este sonho. Mandou chamar todos os seus feiticeiros e magos e exigiu:
– Interpretem o meu sonho! Aquele que interpretar eu lhe darei dádivas e muitos presentes mas, se ninguém for capaz de dar interpretação, mandarei matar todos vocês e destruir as suas casas. Os magos pediram ao rei que contasse o seu sonho, mas ele se recusou a contar!
– Vocês estão querendo me enganar! Contem vocês o meu sonho e eu saberei que vocês tem a interpretação!
– O que o rei pede é impossível! Só os deuses podem dar-te uma resposta! – responderam os magos
Com isso Nabucodonosor ficou irado e mandou matar todos os magos, feiticeiros e sábios do reino da Babilônia.O decreto foi lançado através dos guardas e chegou aos ouvidos de Daniel. Então este se apressou e falou com o rei:
– Nabucodonosor, espere. Você pode me dar um tempo? Eu vou revelar o seu sonho e sua interpretação.
O rei aceitou a proposta de Daniel e este correu para pedir a oração de seus amigos. Daniel e seus amigos oraram a Deus e pediram por misericórdia, então Deus revelou o mistério ao jovem em uma visão no meio da noite.
No outro dia Daniel procurou o rei com essas palavras:
O mistério que o rei exige, nem encantadores, nem magos nem astrólogos o podem revelar ao rei; mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios, pois fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser nos últimos dias. O teu sonho e as visões da tua cabeça, quando estavas no teu leito, são estas: Estando tu, ó rei, no teu leito, surgiram-te pensamentos a respeito do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela mistérios te revelou o que há de ser. E a mim me foi revelado este mistério, não porque haja em mim mais sabedoria do que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses as cogitações da tua mente. (Daniel 2:30)
Então Daniel descreveu o sonho de Nabucodonosor, ele havia sonhado com uma grande estátua, a sua cabeça era de ouro fino, o peito e os braços de prata, o ventre e os quadris de bronze; as pernas de ferro, os pés em parte de ferro em parte, de barro. Quando estava olhando, uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os estraçalhou. Então, foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro. Mas a pedra que feriu a estátua se tornou em grande montanha, que encheu toda a terra.
Depois de descrever o que o rei havia sonhado Daniel contou sua interpretação:
– Tu,ó rei, tu és a cabeça de ouro. Depois de ti, se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual terá domínio sobre toda a terra. O quarto reino será forte como ferro; o ferro quebra todas as coisas, assim ele fará em pedaços e esmiuçará.
– Quanto ao que viste dos pés e dos artelhos, em parte, de barro de oleiro e, em parte, de ferro, será esse um reino dividido; contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro. Por uma parte, o reino será forte e, por outra, será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento. Mas, nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo durará para sempre, como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro.
Então, o rei Nabucodonosor se inclinou, e se prostrou rosto em terra perante Daniel, e ordenou que lhe fizessem oferta de manjares e suaves perfumes. Disse o rei a Daniel: Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste revelar este mistério. (Daniel 2:47)
O rei Nabucodonosor tornou Daniel muito grande perante o reino, lhe deu muitos presentes e lhe tornou governador. A pedido de Daniel nomeou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego como administradores da Babilônia.
V. O segundo sonho de Nabucodonosor.
O rei Nabucodonosor sonhou ainda uma segunda vez. Tentou conseguir uma interpretação de seus feiticeiros, mas não obteve sucesso e mandou chamar Beltessazar (Daniel) porque dizia que nele estava o espírito dos deuses santos. O rei contou o sonho a Daniel:
– Havia uma árvore muito grande, sua copa abrigava pássaros e suas raízes eram enormes. De repente, um anjo desceu dos céus e decretou “derrubem a árvore e cortem os seus galhos e suas folhas, mas deixem o toco e as raízes presos ao chão com ferro, em meio a relva do campo, até que se passem 7 tempos.
Daniel ficou perturbado ao ouvir o sonho do rei e contou com pesar a sua interpretação:
– Meu Senhor, quem dera o sonho fosse sobre os teus inimigos. A árvore é você mesmo. Deus vai lhe expulsar do convívio dos homens e você irá comer o alimento dos animais do campo e o orvalho dos céus te molhará até que se cumpram 7 tempos. Com isso você irá reconhecer que há apenas um Deus nesse mundo, e que não há ninguém mais poderoso do que Ele, o governo das nações Ele dá a quem desejar dar.
Tudo aconteceu conforme Daniel havia dito, Nabucodonosor enlouqueceu, foi expulso do seu reinado e passou a viver entre os animais e os seus pelos cresceram nas costas. Os 7 tempos se cumpriram e o entendimento de Nabucodonosor voltou. O antigo rei reconheceu enfim, que Deus estava acima de todos e adorou dizendo:
O seu domínio é um domínio eterno, e o seu reino é de geração em geração.
E todos os moradores da terra são reputados em nada, e segundo a sua vontade ele opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem possa impedir a sua mão, e lhe dizer: Que fazes? (Daniel 4:34,35)
(…)todas as suas obras são verdade, e os seus caminhos juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba. (Daniel 4:37)
VI. O banquete de Belsazar e a escrita na Parede.
Muitos anos se passaram e Nabucodonosor foi sucedido por seu filho Belsazar. Certa vez, Belsazar preparou um banquete e depois de ter tomado muito vinho mandou que seu servos trouxessem as taças de ouro que Nabucodonosor havia trazido do templo de Jerusalém.
As taças foram trazidas e todos os convidados reais, as mulheres, as concubinas e os amigos do rei beberam nelas louvando aos seus próprios deuses. Mas enquanto bebiam de repente aparecem dedos de mãos humanas e escreviam na parede.
O rei ficou extremamente assustado e pálido e tremia de medo. Aos berros mandou chamar todos os encantadores e videntes do reino, mas ninguém conseguia interpretar o que estava escrito na parede.
Diante disso Belsazar ficou ainda mais atemorizado. Tendo o caso chegado ao conhecimento da rainha esta lembrou de Daniel e o indicou para solucionar o mistério.
Daniel foi levado as pressas para o banquete e o rei lhe disse:
Tenho ouvido dizer a teu respeito que o espírito dos deuses está em ti, e que em ti se acham a luz, e o entendimento e a excelente sabedoria (…) tenho ouvido dizer de ti que podes dar interpretação e resolver dúvidas. Agora, se puderes ler este escrito, e fazer-me saber a sua interpretação, serás vestido de púrpura, e terás cadeia de ouro ao pescoço e no reino serás o terceiro governante.
(Daniel 5:13-16)
Daniel respondeu:
– Guarda os teus presentes para ti mesmo, e dá tuas recompensas a outro eu, porém, irei interpretar a inscrição.
Tu, Beltazar não te humilhaste perante o Deus altíssimo, mesmo sabendo de tudo o que ocorreu com Nabucodonosor você não teve temor e mandou trazer as taças do templo do Senhor e as profanou louvando a deuses de barro, ouro e prata. Por isso Deus enviou essa mão e escreveu na parede essa mensagem contra ti:
MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM.
MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou.
TEQUEL: Pesado foste na balança, e foste achado em falta.
PERES: Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas.
(Daniel 5:26-28)
Então o rei recompensou a Daniel e o colocou como terceiro homem mais importante no governo do reino. Naquela mesma noite Belsazar foi morto e Dario, o medo, apoderou-se do reino da babilônia com a idade de 62 anos.
VII. O reinado de Dario.
Dario nomeou 120 pessoas responsáveis por administrar o império e colocou três supervisores sobre eles, um dos quais era Daniel. Daniel se destacou tanto como supervisor que Dario planejava colocá-lo à frente de todo o governo.
Diante disso, os administradores e os outros dois supervisores procuraram algum motivo para acusar Daniel em sua conduta, mas nada conseguiram. Eles resolveram entre si “nunca vamos encontrar uma acusação contra Daniel, a menos que seja algo relacionado com a lei do Deus dele”.
VIII. Daniel na Cova dos Leões.
A história de Daniel na cova dos leões começa quando o rei Dario nomeou 120 pessoas responsáveis por administrar o império e colocou três supervisores sobre eles, um dos quais era Daniel.
Daniel se destacou tanto como supervisor que Dario planejava colocá-lo à frente de todo o governo.
Diante disso, os administradores e os outros dois supervisores procuraram algum motivo para acusar Daniel em sua conduta, mas nada conseguiram. Eles resolveram entre si “nunca vamos encontrar uma acusação contra Daniel, a menos que seja algo relacionado com a lei do Deus dele”.
Então os administradores e supervisores falaram com o rei Dario:
– Oh grande rei, todos nós achamos que você deveria emitir um decreto ordenando que todo o homem que orar a qualquer deus ou a qualquer homem, além de ti, nos próximos 30 dias, seja atirado na cova dos leões.
1. O decreto do rei Dario
O rei assinou o decreto com o seu selo real. De acordo com a lei dos medos e persas, tudo que fosse selado com o selo real não poderia ser jamais alterado.
Ao ficar sabendo desse acontecimento Daniel foi para a sua casa e entrou no seu quarto, abriu as janelas e orou ajoelhado ao seu Deus como costumava fazer. Os administradores espionaram Daniel e ao o avistarem fazendo assim foram logo relatar ao rei.
2. Daniel é jogado na cova
Quando o rei ficou sabendo dessas coisas, ficou muito triste e decidiu consigo mesmo que iria tentar salvar a Daniel até o final do dia. Mas os homens insistiam com ele alegando “lembra que a lei que foi selada com selo real não pode ser quebrada ou mudada”. O rei não conseguiu livrar Daniel e mandou que seus guardas o prendessem e o jogassem na cova do leões.
– “Que o seu Deus a quem você continuamente serve, o livre!” – disse o rei com pesar.
A cova foi tapada com uma pedra e o rei a selou com seu anel. Tendo voltado ao palácio não conseguiu comer e nem dormir. No dia seguinte, levantou ao nascer do sol e correu para cova dos leões. Quando ia se aproximando chamou com angústia a Daniel:
– Daniel, servo do Deus vivo, dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões? (Daniel 6:20)
3. Deus fecha a boca dos leões
Daniel respondeu:
Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo, e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.
(Daniel 6:21,22)
4. Os acusadores são lançados na cova
O rei ficou extremamente feliz ao ouvir a voz de Daniel, ordenou que ele fosse retirado e ordenou também que aqueles que acusaram a Daniel fossem atirados aos leões com suas mulheres e filhos. E antes deles chegarem ao fundo da cova, os leões os despedaçaram.
5. A nova ordem do rei Dario
Então o rei Dario escreveu a todo o seu império:
Da minha parte é feito um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo e que permanece para sempre, e o seu reino não se pode destruir, e o seu domínio durará até o fim. (Daniel 6: 27)
Daniel e seus amigos sabiam que o Deus que escrevia a história humana era digno de confiança e não cometia erros. Eles sabiam que o fato de serem livres ou não de fornalhas ou de leões, não era tão importante quanto à necessidade de dar a glória ao único e verdadeiro Deus.
IX. As visões do Profeta Daniel.
Entre os capítulos 7 e 12, estão registradas as próprias visões do Profeta Daniel, as quais, entre outras coisas, predizem principalmente o triunfo do reino messiânico. Tais visões também são lembradas nos mais intensos debates teológicos acerca da escatologia bíblica.
O Profeta Daniel teve sua última visão registrada em seu livro, nas margens do rio Tigre, durante o terceiro ano do reinado de Ciro.
No Novo Testamento, Jesus, em Seu Sermão Escatológico, cita a profecia do Profeta Daniel acerca do “abominável da desolação” (Dn 9:27; 11:31; 12:11 cf. Mt 24:15; Mc 13:14), que historicamente se referia à profanação promovida por Antíoco IV Epífanio, e que prefigurava a profanação causada pelo general romano Tito na queda de Jerusalém em 70 d.C. Ainda sobre essa profecia, a maioria dos estudiosos concorda que tais eventos tipificam de alguma forma o Anticristo escatológico, que surgirá perto do fim da presente era (2Ts 2:3).
X. O Profeta Daniel foi um exemplo.
Daniel foi uma pessoa integra e justa, temente a Deus acima de qualquer coisa. Ele nunca aceitou se corromper, por maior que fosse o tesouro que lhe oferecesse. Daniel era fiel a Deus mesmo que isso custasse sua vida. Ele também nos mostrou como é possível buscar a Deus mesmo em uma terra estranha e mergulhada no paganismo.
Provavelmente o Profeta Daniel alcançou os 90 anos de idade, vivendo até aproximadamente 536 a.C., no terceiro ano do reinado de Ciro. Existe uma tradição rabínica que afirma que Daniel voltou para Jerusalém no final de sua vida, com a libertação dos exilados, e foi sepultado em Susa. Porém, não existe qualquer evidência maior para atestar tal tradição.
XI. Com quantos anos Daniel morreu?
A personalidade do profeta Daniel.
O nome vem do hebraico Daniyye'l significa “Deus é Juiz”. O profeta Daniel e o profeta Ezequiel, são considerados dois profetas do exílio. Seus nomes trazem o sufixo El (El, Elah e Eloah, no singular; Elohim, no plural) muito comum na língua hebraica e significam Deus. Embora o consideremos como profeta, e assim Jesus o tenha chamado (Mt 24.15),
“Quando, portanto, virdes a abominação, de que fala o profeta Daniel, instalada no lugar santo – que o leitor entenda!”-
Ele foi colocado entre os Khetubym (Escritos), na Bíblia Hebraica. Depois dos Nabyym (Profetas). A explicação deste fato é simples: ele é mais um estadista do que um profeta clássico, e todo seu ministério é entre pagãos. Na Bíblia hebraica o livro do profeta Daniel esta entre os últimos livros. Boa parte dos textos consultados falam que Daniel sempre foi respeitado, até mesmo pelos governantes, por sua sabedoria e interpretação de visões. Dados referentes à sua morte não encontramos registros da data e circunstâncias . Mas ele possívelmente morreu em Susa, com a idade de oitenta e cinco anos. Nesta cidade Susa existe uma tumba onde teria sido depositado seu corpo, este lugar é conhecido como 'Shush-Daniel'
Considerações do local do tumulo de Daniel:
Existem aos menos seis lugares tidos como sepultamento do profeta Daniel segundo a enciclopédia Judaica:
– Na Babilonia no atual Iraque. Esta consideração é fundamentada no Martiriológico Romano, que dedica o dia 21 de julho para comemorar sua morte.
- Susa, no Irã. Seguindo uma antiga tradição local, aceita por Judeus e Muçulmanos, o profeta está enterrado nesta cidade. Existem testemunhos escritos, sirios, persas do seculo VII. Atualmente no local existe um santuario popular de forma conica com dois minaretes. É uma construção típica do Irã.
- Kirkuk, Turquistão no Iraque. Na cidade de Kirkuk a tradição coloca como sendo o local do sepulcro de Daniel. No local existiu um edificio Judeu, depois uma Igreja cristã e por ultimo uma mesquita muçulmana. Atualmente se encontra 4 sepulcros considerados como de Daniel e os qutro Jovens.
Samarcanda, Uzbequistão. De Samarcanda existe uma tumba dedicada a Daniel. A lenda popular afirma que Tamerlán encontrou dificuldades na conquista da Siria pela presença da Tumba de Daniel e então apoderou-se de seu corpo e transladou para a Asia Central.
- Muqdadiyah, Iraque. Em 2007 rebeldes de Al Wahihiya, nas cercanías de Muqdadiyah, resolvem atacar a considerada tumba de Daniel e destrui-la inclusive a Igreja de cor verde.
Em Mala Amir, no Turquistão, Iraque.
XII. Como a história de Daniel nos fala hoje?
De que maneira uma história tão antiga como a de Daniel toca o homem moderno? Nossos intelectuais evangélicos estão à altura de Daniel? Quais os males que afetam a intelectualidade evangélica? Qual o segredo de Daniel para vencer os embates da vida?
A história do livro de Daniel é curta. Tem apenas 12 capítulos e 357 versículos e não cobre inteiramente sua biografia. Não sabemos, por exemplo, onde nasceu, de quem era filho ou com quantos anos estava ao ser exilado de Jerusalém para Babilônia. É considerado um dos profetas menores dentre outros usados por Deus durante a formação, apogeu e declínio do reino de Judá. O nome Daniel significa Deus é meu juiz.
Deduzimos que era filho da nobreza, pois foi deste grupo que Nabucodonozor selecionou jovens para servirem ao palácio. Eles deveriam ser instruídos na sabedoria caldeia, na língua e em seus costumes. No tempo em que Daniel chega no reino uma lenta transição estava em curso. É que a língua acadiana daria lugar ao aramaico. Mais fácil de ser memorizado, aparentado do hebraico e do árabe. Inclusive, uma parte do Antigo Testamento é escrita neste idioma: Esdras 4:8-6, 18; 7:12-26; Daniel 2:4-7, 28 e Jeremias 10: 11.
Babilônia era uma grande metrópole, ruínas dão conta que variados canais fluviais cortavam a cidade e permitiam o deslocamento de seus cidadãos. Tais canais derivavam do Eufrates e geravam riqueza e comércio na capital do Oriente Médio na época. Como é comum, o crescimento da cidade magnetizava o conhecimento e o poder. Se Babilônia existisse hoje seria uma grande cidade do mundo ao lado das européias e americanas. Suas bibliotecas são famosas por suas tabuinhas cuneiformes.
Etapas do exílio
Antes de falar nas circunstâncias que levaram Daniel à Babilônia, precisamos recordar como a nação israelita se dividiu em duas. Quando Salomão faleceu, assumiu o reino seu filho Roboão. Ele herdou pesados impostos, que oprimiam a população. O povo se reuniu e pediu ao rei que aliviasse a carga. Após ouvir anciãos e mauricinhos o rei decidiu pelo conselho destes últimos e acabou dividindo a nação. Dez tribos do norte de Israel se emanciparam e formaram um reino sob Jeroboão, cuja capital era Samaria, e duas tribos, no sul, ficaram com Roboão (I Reis 12), tendo como capital Jerusalém. Ambos os reinos, porém, eram idólatras e receberam dura repreensão do Senhor e ameaça de exílio (II Crônicas 36:15,16). Ela se cumpriu quando o reino do Norte, cuja capital era Samaria, foi levado à Assíria por Salmanezer, em 722 a.C.
O reino do Sul teve muitos reis piedosos, mas com o passar do tempo caiu no mesmo pecado. O exílio aconteceu em três etapas:
Em 605 a.C. Nabucodonosor invadiu a Palestina, o rei Jeoiaquim, com apenas 36 anos, foi feito cativo, preso a ferros e conduzido à Babilônia, com oficiais da corte. Daniel e seus três amigos entre eles. Foram também levados alguns dos tesouros do templo (Daniel 1:1-7; II Crônicas 36:6-7);
A segunda teve início um ano depois. A capital foi sitiada e o jovem rei Joaquim, filho de Jeoiaquim, com apenas 8 anos de idade, foi levado cativo (II Crônicas 36:10). O Templo foi totalmente saqueado e seus tesouros levados para Babilônia, bem como dez mil homens, entre o profeta Ezequiel. Zedequias, tio do rei Joaquim, foi nomeado por Nabucodonosor II como rei vassalo;
Por conta de revoltas internas, em 586 a.C., a capital foi cercada e dezoito meses depois caiu, sendo totalmente destruída e queimada (II Crônicas 36:13). O rei Zedequias, com todos os seus súditos, exceto alguns dos mais pobres, foram deportados para Babilônia (2 Reis 25:1-12; Jeremias 52:29)
Assim, Daniel foi apanhado pela geopolítica ambiciosa de Nabucodonozor. O rei foi bondoso e fez algumas concessões aos novos súditos, como a permissão para adorar seus próprios deuses e residir em suas próprias casas. Babilônia crescia exponencialmente com as novas conquistas e era preciso bons cérebros para gerenciar a expansão. Nada melhor que escolher entre os da própria nobreza.
Daniel em Babilônia
Como tantas outras capitais, Babilônia era também a capital do pecado. Havia tentações e oportunidades. Porém, imersos naquele lodaçal as pessoas estavam expostas à mensagem bíblica, assim como hoje há oportunidades imensas em nossas cidades. Chegamos, portanto, às lições de sua trajetória para nós hoje em dia:
1.Daniel preservou sua identidade
Este é um assunto complicado porque, geralmente, confundimos identidade com cosmovisão. Daniel não era um radical, inábil e refratário a amizades. Pelo contrário, era sociável e atraía a atenção por suas qualidades intelectuais e espirituais. Não perdeu, por exemplo, a oportunidade de aprender a ciência dos caldeus, que consistia nos estudos mais avançados de sua época. O mesmo podemos dizer da língua e dos costumes. Tudo que era proveitoso Daniel absorvia!
A identidade de Daniel não consistia em sua placa denominacional. O judaísmo tinha tantas delas… Era a postura daquele jovem judeu que chamava a atenção dos que conviviam com ele. Era honesto, convicto, fiel a Deus e estudioso de sua palavra. Lembrando que naquele momento um simples livro consumia vários papiros ou pergaminhos, dificultando a leitura e a memorização. Não era tão fácil e acessível como hoje.
A identidade de Daniel não consistia em externalidades, mas no que estava em seu coração. Ninguém pressionou Daniel a ficar firme. Longe de sua Igreja, seu pastor, seus pais, ele poderia cair na gandaia, mas preferiu, unilateralmente, não se contaminar.
E não apenas ele, mas seus amigos tinham o mesmo gene espiritual. Vemos, por exemplo, a posição adotada no episódio da estátua de Dura: Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará da fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste (Dn 3:17,18).
2.Daniel desenvolveu sua sabedoria, inteligência e conhecimento
Daniel era um homem extremamente sábio, a ponto dos escritores bíblicos utilizarem o profeta como parâmetro para o próprio Diabo, um querubim, apesar de caído (Ezequiel 28:3). Mas a sabedoria não é estanque. Ela cresce e se aprofunda com o passar dos anos.
O mesmo ocorre com a inteligência. Uma capacidade natural e humana. O cérebro, dizem os especialistas, se expande com o raciocínio. Suas sinapses se tornam mais rápidas quando pensamos sobre algo. E temos o conhecimento que é o acúmulo de informações ao longo dos anos.
Nestes três campos tanto Daniel quanto seus amigos se destacaram. Os próprios avaliadores babilônicos os acharam dez vezes mais inteligentes e sábios que todos os outros avaliados (Daniel 1:20).
Infelizmente, a produção intelectual de muitos jovens evangélicos brasileiros é pequena e inexpressiva, de pequena repercussão. Apesar da repulsa acadêmica aos pesquisadores teístas podemos fazer a diferença com pesquisas, artigos, posts e reflexões de elevado conteúdo científico. Especialmente, em termos de conhecimento bíblico. Estamos engatinhando se compararmos nossos jovens aos americanos, por exemplo, em campos como música, semântica, lingüística, arqueologia e história bíblica.
3.A sabedoria de Daniel não o fez orgulhoso
Do início ao fim do livro notamos um homem humilde. Jamais se ensoberbeceu, nunca quis sobrepujar nenhum dos seus amigos, nunca reivindicou nenhum trono, cargo ou posse. Até mesmo quando pudesse merecer, ao interpretar a escritura na parede, disse a Belsazar: “Os teus presentes fiquem contigo, dá os teus prêmios a outrem” (Daniel 5:17). Daniel alcançou todos os postos com sua sabedoria, jamais com perspicácia ou esperteza.
Infelizmente, as pessoas começam a estudar e se tornam inacessíveis, cheias de si ou donas do conhecimento. Daniel sequer se arvorou na interpretação para negar ao rei o conhecimento sobre o significado de seus sonhos, mas como porta voz de Deus denunciou o pecado e anunciou o futuro divino para a nação babilônica.
A humildade de Daniel consistia em reconhecer a soberania divina. Em dado instante de seu livro ele exclama: Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios… (Daniel 2:28). Noutra ocasião mostrou-se submisso quando injustiçado. Foi lançado na cova dos leões e saiu ileso (Daniel 6).
Que homem!?A Bíblia diz que a soberba precede à ruína; e o orgulho, à queda (Provérbios 16:18). Com humildade e mansidão podemos ganhar muitas pessoas num círculo acadêmico para Cristo.
4.A sabedoria de Daniel não o tornou menos espiritual
Já se tornou praxe. O jovem entra num curso teológico ou acadêmico de outra natureza e se ausenta da Igreja e dos trabalhos. Não quer mais orar, evangelizar, adorar entre os demais. É preciso mudar este estado de coisas.
Deveria ser justo o contrário. A consciência dos erros e dificuldades alheios deveria nos tornar mais cônscios de nossas responsabilidades. Conhecendo melhor a Palavra, por exemplo, deveríamos lê-las mais. Conhecendo melhor teologia, deveríamos nos empenhar para fazer o trabalho com mais qualidade e desvelo (Lucas 12:48).
Notemos a oração que Daniel fez pelo seu povo que é um clássico da literatura bíblica. Não conseguimos lembrar de algo semelhante feito por Isaías, Jeremias ou Ezequiel. A consciência e a confissão de pecado é a semente de cura espiritual para todos nós.
E Daniel ora. Ora sempre. Quando precisa que algo lhe seja revelado, quando quer perdão, quando quer ser livrado do seus algozes e foi orando que eles o encontraram (Daniel 6). Além disso, é um homem profundamente espiritual. Deus lhe deu o conhecimento de visões e sonhos e sua interpretação. Não apenas interpretava os sonhos alheios, quanto tinha seus próprios sonhos e visões!
5.A Daniel Deus permitiu uma visão panorâmica da História
Deus mostrou a Daniel que é o dono da História. Foi o combustível que permitiu sua firmeza por quatro reinados. Iniciou sua trajetória em Babilônia com Nabucodonozor, serviu e repreendeu Belssazar, esteve á disposição de Dario e assistiu a Ciro. Eles passaram e Daniel permaneceu.
Esta visão panorâmica permitiu a Daniel perceber que os reis e domínios são temporais. Passam e já não são lembrados. A areia do tempo recobre templos suntuosos, deuses falsos, ídolos das mãos humanas, engolfa o eco dos tronos. Nada se furta ao seu poder. Enquanto Deus permanece para sempre.
6.Daniel não fez da política um fim, mas um meio para glorificar a Deus
A política é a arte da convivência visando o bem mútuo. Cabe ao Estado usar a política para o progresso e bem estar de uma Nação. Podemos ter políticos evangélicos. Historicamente, há evangélicos políticos. A grande questão hoje é fazer a política longe do envolvimento da Igreja, da barganha, da troca de favores, das benesses.
Desde 1902, a Igreja Presbiteriana, tem membros na política. Leonel Brizola era da Igreja Metodista. Porém, até os anos 40 do século passado, não havia estratégia eclesiástica para os mandatos eletivos. Os políticos evangélicos eram eleitos a partir de seu capital financeiro, oriundo do sucesso empresarial ou herdado de suas famílias, convertido em capital político . É o caso de Antonio Torres Galvão que chegou a presidir um sindicato, foi juiz do Trabalho e deputado estadual, chegando à Presidência da Assembleia Legislativa em 1952. Com a morte do governador Agamenom Magalhães, o deputado evangélico foi alçado ao posto, sendo o único governador operário em toda história do Estado.
Até que as igrejas passam abertamente a defender as candidaturas amparadas por projetos eclesiásticos, que visavam num primeiro momento defender os interesses das denominações a que pertenciam. Os pentecostais demoraram um pouco mais a abraçar a idéia. Somente na metade dos anos 1960 foram eleitos os dois primeiros deputados pela Igreja O Brasil Para Cristo. Daí em diante tivemos uma verdadeira avalanche de candidatos evangélicos, alguns dos quais lograram êxito.
Infelizmente, a tal defesa da Igreja se tornou, na maioria das vezes, em defesa do próprio patrimônio material ou político. O comentarista da lição afirma: “De todas as áreas da vida do cidadão, a política tem sido uma em que muitos cristãos não têm sido bem sucedidos, por não se conduzirem de modo digno diante de Deus, diante da pátria, da consciência e de seus pares, como o fizeram Daniel e seus companheiros no reino babilônico. Na realidade, porém, a política é atividade necessária ao bom ordenamento e desenvolvimento da vida de uma nação, na qual a Igreja está inserida.”
Para piorar muitos políticos evangélicos não tem uma bandeira política definida. Se limitando à defesa da família, uma idéia genérica e metafórica. Praticamente não há propostas para gestão da coisa pública, transparência, diminuição de impostos e afins.
Parte do problema está na ausência de conscientização política por parte das igrejas. Isto gera cidadãos sem ética, que vendem seus votos, muitos dos quais no dia da eleição, que o trocam por benesses e que muitas vezes não sabe a distinção entre Executivo, Legislativo e Judiciário. Não sabem cobrar seus direitos, não votam de maneira consciente e reflexiva. Uma membresia que não é sal, nem luz, ao votar, não pode esperar que os eleitos o sejam!
O mundo político precisa de representantes evangélicos. Mas eles não podem ser escolhidos porque trazem cantores, fazem concentrações evangelísticas, dão cargos a indicados, dão cestas básicas a necessitados. Devem apresentar propostas coletivas. Os governos de esquerda perpetuaram um modo de Governo para minorias, visando determinadas reparações históricas. Mas a política deve visar todos os cidadãos, indistintamente.
Outro engodo terrível é o mote “Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor” (Salmos 33:12), tal assertiva se refere a Israel, pois a segunda parte do versículo assevera: “e o povo ao qual escolheu para sua herança”. O único povo que Deus escolheu para sua herança foi o judeu.
A evangelização é uma tarefa desafiadora, especialmente com públicos refinados. O testemunho nestes ambientes não pode ser feito de forma destrambelhada ou desorganizada. Devemos buscar os melhores meios, as melhores mentes e os melhores argumentos para captar a atenção de tais pessoas. Com ética, oração e demonstração do poder de Deus.
Paulo conseguiu reunir a sabedoria judaica, a perspectiva filosófica grega e a profunda espiritualidade cristã. Seus ensinamentos são profundos e contundentes. Mas o que fez realmente a diferença foi se entregar nas mãos de Deus para ser um verdadeiro e poderoso instrumento, de forma ética, exemplar e maravilhosa. Tanto para os de dentro, como para os de fora.
Que Deus assim faça com cada um de nós através das nossas orações em nome de Jesus, amém!