Radio Resgatando vidas: setembro 2018

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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

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 Introdução 

Esta é a primeira parte do estudo Fim dos tempos. Neste texto falaremos sobre o Princípio das Dores que é mencionado em Marcos 13, Lucas 21 e Mateus 24. Entender o que Jesus disse nestes textos é base para compreendermos todos os aspectos do tempo em que vivemos e assim buscar as chaves para entender a chegada do tempo do fim. Caso você queira ler sobre os sinais em nosso tempo, não deixe de ler a segunda parte deste estudo, Os sinais do tempo do fim.

Sabemos que ninguém sabe o momento em que Jesus voltará (Marcos 13:32). Entretanto, a palavra nos ensina a vigiar para não sermos pegos de surpresa. O livro de Daniel também nos fala algo interessante: "Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão" Daniel 12:10.

Devemos buscar a sabedoria que vem do alto para poder entender o tempo em que vivemos, conforme cita o livro de Daniel. O homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, na visão de Daniel, profetizou não que os sábios saberiam o dia exato da volta de Cristo, mas que eles entenderiam os sinais daquele tempo. Eles entenderiam o tempo do cumprimento de todas as coisas, assim como o próprio Daniel compreendeu o tempo em que viveu e pôde servir ao Senhor de forma extremamente útil.

 O princípio das dores 

Assim como a grande maioria dos cristãos eu sempre achei que o princípio das dores era um prelúdio da Grande Tribulação, uma série de acontecimentos que nos indicaria a chegada do tempo do fim. Porém eu estava enganado, conforme veremos a seguir. Se você também sempre teve essa impressão, leia com calma as palavras a seguir e tire as suas próprias conclusões sobre estas coisas.

Para entender o verdadeiro significado do princípio das dores podemos utilizar o texto no original grego para compreender o que essa expressão "princípio das dores" quer dizer. O sentido original traz uma ideia de "primeiras dores" ou "princípio das dores de parto", como se este fosse o início de um longo caminho de dores de parto e tribulações que os cristãos enfrentariam.

Quando vemos que o significado está bem longe daquilo que sempre acreditamos, podemos imaginar que talvez o sentido tenha se perdido pela tradução ou pelo entendimento social que temos do termo "princípio das dores". É comum os cristãos entenderem o princípio das dores como este tempo que precede a Grande Tribulação. Este pensamento, entretanto, deve ser desconstruído para entendermos o real sentido do que Jesus está falando nestes textos.

Também podemos citar o capítulo 12 de Apocalipse, que fala sobre as dores de parto:
"Viu-se grande sinal no céu, a saber, uma mulher vestida do sol com a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça, que, achando-se grávida, grita com as dores de parto, sofrendo tormentos para dar à luz" Apocalipse 12:1-2.

"Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono" Apocalipse 12:5.

Neste texto vemos uma mulher, que representa figurativamente a Igreja, e ela está com dores de parto sofrendo tormentos para dar à luz. Este é mais um texto que eu não entendia até conseguir compreender o real sentido dos textos dos evangelhos. Para entendê-lo devemos diferenciar o fato da mulher sofrer as dores de parto com o nascimento do filho varão. Quando lemos as cartas às Igrejas da Ásia, nos primeiros capítulos de Apocalipse, vemos que desde o início o Senhor está levantando cristãos vencedores, que representam este filho varão. Consequentemente, devemos entender que esta mulher está "sofrendo tormentos para dar à luz" desde os tempos da igreja primitiva. O nascimento do filho varão é a vinda oculta de Jesus, o arrebatamento.

É inconcebível entender que apenas no fim dos tempos a Igreja sofrerá dores de parto, pois percebemos que os vencedores estão sendo gerados desde o princípio da história. Desde o início os irmãos têm sofrido com aflições, perseguições, tormentos e muitos até entregaram a própria vida por Jesus. É claro que não houve arrebatamento desde então: isto acontecerá em algum momento futuro no tempo do fim. Mas certamente todos nós vivemos no período de dores da Igreja.

Tudo isso nos mostra que o Princípio das Dores é apenas o início da era das igrejas, que passou por várias eras (ou igrejas) e que se acabará na Grande Tribulação. A primeira era foi a era de Éfeso; a segunda foi a era de Esmirna; a terceira, Pérgamo; a quarta, Tiatira; a quinta, Sardes; a sexta, Filadélfia; e a sétima, Laodiceia.

A temática de Jesus quanto ao princípio das dores também fica muita clara no trecho dos versículos 1 ao 4 de Mateus 24. Estes versículos são instruções que devem ser entendidas, primeiramente, como sendo direcionadas aos discípulos de Jesus, os doze apóstolos do Cordeiro e do tempo em que viveram. Prova disso é a motivação de todo este discurso. Vejamos o inicio do capítulo que comprova estas coisas:

"Tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada. No monte das Oliveiras, achava-se Jesus assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século. E ele lhes respondeu [...]" Mateus 24:1-4.

Vejam que neste texto desde o início a temática central era a destruição daquele templo em Jerusalém. Os discípulos se aproximam de Jesus para entender quando isso iria acontecer e para entender também sobre a consumação do século. Aqui a mensagem não é para nós, que vivemos os últimos dias, mas para os discípulos há dois mil anos. Pelo menos a parte relativa ao Princípio das Dores.

É bom entender este ponto, pois ele causa bastante confusão. Se lemos estes textos de Mateus, Marcos e Lucas com essa visão veremos que fará bastante sentido. Prova disso é que uma das características deste período que podemos identificar é que "ainda não é o fim". O Princípio das Dores, portanto, é o tempo dos apóstolos no primeiro século. Este é apenas o inicio da história da Igreja que começou no tempo dos apóstolos e durará até o tempo do fim, os sete anos de tribulação.

 Os Anticristos 

"Respondeu ele: Vede que não sejais enganados; porque muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu! E também: Chegou a hora! Não os sigais" Lucas 21:8.

O que Jesus falou acerca dos anticristos também foi direcionado, especificamente, aos seus discípulos. Depois da sua morte e ressurreição muitos vieram dizendo ser o messias que havia de vir ou mesmo se intitulando um profeta. Existem muitos textos em Atos, na primeira Epístola de João e mesmo na história antiga que nos mostram essa realidade.

Veja o que João falou acerca desse tema: "Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora" 1 João 2:18.

A primeira carta de João foi escrita entre os anos 85 e 90 do século 1 e afirma claramente que muitos anticristos estavam surgindo naqueles tempos. E mesmo o livro de Atos registra também algumas destas pessoas. Veja: "Porque, antes destes dias, se levantou Teudas, insinuando ser ele alguma coisa, ao qual se agregaram cerca de quatrocentos homens; mas ele foi morto, e todos quantos lhe prestavam obediência se dispersaram e deram em nada. Depois desse, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos consigo; também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos" Atos 5:36-37.

Conforme o historiador judeu Flávio Josefo, Teudas foi um personagem que surgiu doze anos após a morte de Jesus e congregou grande multidão para o seguir. Ele dizia que abriria o rio Jordão para que as pessoas passassem por ele em seco. Flávio Josefo também cita que naqueles tempos surgiram uma multitude de magos e impostores que se levantavam para enganar as pessoas através de sinais e milagres, ditos feitos pelo poder de Deus.

Atos ainda cita outra situação: "Ora, havia certo homem, chamado Simão, que ali praticava a mágica, iludindo o povo de Samaria, insinuando ser ele grande vulto; ao qual todos davam ouvidos, do menor ao maior, dizendo: Este homem é o poder de Deus, chamado o Grande Poder. Aderiam a ele porque havia muito os iludira com mágicas" Atos 8:9-11.

Veja que estes textos de Atos nos ilustram exatamente o que Jesus havia alertado aos seus discípulos. O texto nos fala que Simão praticava mágica em Samaria e iludia todo o povo enganando-os para acreditarem que ele era o poder de Deus.

Um último ponto que podemos considerar é que nenhum registro na palavra de Deus, ou mesmo na história, menciona que haviam impostores antes da vinda de Jesus Cristo.

 Guerras, rumores de guerras e revoluções 

"Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não vos assusteis; pois é necessário que primeiro aconteçam estas coisas, mas o fim não será logo" Lucas 21:9.

Assim como os anticristos, as guerras não são, nem de longe, um sinal do fim dos tempos. E isso nós não precisamos verificar com muito estudo na Palavra de Deus. Basta observar a história desde a morte e ressurreição de Jesus. Sempre houve guerras durante toda a história da humanidade. Sejam guerras, revoluções ou levantes, esses conflitos sempre estiveram presentes na civilização humana. Tudo isso sempre foi muito comum. Ainda hoje existem várias guerras, revoluções e levantes em curso no mundo.

Sempre houve guerras e elas também sempre estarão presentes em meio a humanidade até o fim. Sendo assim, as guerras não podem ser um sinal para verificarmos se o fim está próximo ou não. A guerra, em si, não pode determinar a chegada do tempo do fim.

Toda esta percepção faz cumprir um texto de Daniel, que diz: "E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações" Daniel 9:26.

Este texto nos mostra duas coisas interessantes. A primeira delas é uma profecia acerca da destruição da cidade de Jerusalém e do santuário, o segundo templo que foi destruído no ano 70 dC. Esta profecia nos revela que Jesus estava se referindo a este momento da história ao falar aos discípulos nos evangelhos. Devemos lembrar que para os judeus estes acontecimentos tiveram uma importância enorme, pois eles foram dispersados sobre a terra e só retornaram após o fim da segunda guerra mundial. Além disso a cidade de Jerusalém e o templo em si, que eles consideram até hoje ser o meio pelo qual Deus atua em meio aos homens, foi destruído. Este é o primeiro ponto que devemos observar.

O segundo ponto é a frase em vermelho: "[...] e até ao fim haverá guerra". Este versículo nos mostra que depois da destruição da cidade e do santuário não haverá um tempo sequer de paz sobre a terra até o tempo do fim. Sempre houve e sempre haverá guerra até o tempo do fim, a Grande Tribulação.

O texto do evangelho de Lucas também deixa claro que estas guerras não indicariam o tempo fim, pois o fim não seria logo. O que o texto de Lucas está dizendo é que estas guerras e revoluções não são acontecimentos que antecedem o fim, mas acontecimentos que estão ligados ao povo judeu, a cidade de Jerusalém e ao Templo. Como vimos anteriormente neste texto, o discurso de Jesus está sendo direcionado aos seus discípulos.

A história conta que houveram muitas guerras naqueles anos nos arredores de Jerusalém. O historiador Flávio Josefo descreve guerras na Palestina, Galileia e Samaria no ano 66 dC e muitos rumores de guerra na região. Josefo também cita alguns conflitos relacionados aos judeus. Ele diz que em Cesareia, no ano 59 dC, judeus e sírios disputavam sobre o direito àquela cidade e vinte mil judeus foram mortos. Comenta que em Citópolis mais de treze mil judeus foram mortos e outros cinquenta mil em Alexandria. Tudo isso aconteceu até a destruição de Jerusalém. Outro historiador romano também descreve guerras e insurgências em vários lugares como Alemanha, África, Turquia, Gália, Irã e Armênia.

"[...] porém tudo isto é o princípio das dores [de parto]" Mateus 24:8.

O versículo acima de Mateus nos traz um detalhe que também ajuda a confirmar que estas coisas não são relatos do fim dos tempos, mas do tempo de Atos no inicio do primeiro século. Tudo isso é somente o princípio das dores de parto. Essas guerras e rumores de guerras nada mais são do que um sinal que demonstrava o fim do período do segundo templo e da cidade de Jerusalém.

 Terremotos e fome 

"[...] e haverá fomes e terremotos em vários lugares" Mateus 24:7.

Nos textos de Mateus, Marcos e Lucas também temos a citação de Jesus acerca de terremotos e fome. Tudo isso, como vimos neste texto, também está direcionado aos discípulos e não ao nosso tempo contemporâneo.

 Terremotos 

Nos tempos da Igreja Primitiva os discípulos experimentaram grande número de terremotos. O historiador romano Tácito menciona vários terremotos em Roma. Ele escreveu: "Terremotos frequentes estão ocorrendo, de modo que muitas casas foram lançadas abaixo" e ainda "[...] doze cidades populosas da Ásia foram às ruínas em um terremoto".

O filosofo romano Séneca também mencionou os terremotos deste período. Em 58 dC ele escreveu: "Quantas vezes cidades da Ásia e da Acaia caíram com um choque fatal! Quantas cidades foram engolidas na Síria! Quantas na Macedônia! Quantas vezes o Chipre tem sido desperdiçado por estas calamidades! Quantas vezes Paphos [uma cidade no Chipre] tornou-se uma ruína! Chegam a nós as notícias da demolição de cidades inteiras de uma só vez".

No ano 60 dC Hierápolis, Colossos e Laodiceia foram destruídas por terremotos. Houve terremotos em Creta, Apameia, Esmirna, Mileto, Chios e na Judeia. Terremotos em vários lugares e todos eles entre a morte do Senhor Jesus e a destruição do templo em 70 dC.

Quando falamos sobre o princípio das dores devemos entender que estes terremotos foram um sinal no tempo dos discípulos e não devem ser entendidos como um sinal do fim dos tempos (ao menos quando tratamos acerca do principio das dores). Isso fica muito claro quando lemos estes textos e temos fontes históricas sobre o que aconteceu nos primeiros anos da Igreja.

 Fome 

"Naqueles dias, desceram alguns profetas de Jerusalém para Antioquia, e, apresentando-se um deles, chamado Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que estava para vir grande fome por todo o mundo, a qual sobreveio nos dias de Cláudio" Atos 11:27-28.

Os versículos acima de Atos nos mostram que a fome também foi uma realidade nos tempos da igreja primitiva. Este texto, por si só, já nos comprova que as palavras de Jesus foram direcionadas aos discípulos e ao inicio da era da Igreja após a sua morte e ressurreição.

Quando olhamos os registros históricos e o livro de Atos percebemos que essa fome citada por Jesus aconteceu nos tempos de Cláudio. Os historiadores romanos afirmam que apenas em Roma houve registro de trinta mil mortes relacionadas a fome. Tudo isso foi registrado na história por nomes como Tácito, Suetônio e Eusébio. Os registro mostram que ela foi muito severa em Jerusalém. Flávio Josefo também afirma que muitas pessoas morreram. A Judeia foi especialmente atingida e muitos discípulos enviaram ajuda aos irmãos da Judeia neste período (Atos 11:27-29). Tudo isso ocorreu conforme o texto bíblico no período do reinado de Cláudio de 41 a 54 dC.

 A perseguição contra a Igreja Primitiva 

"Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e vos matarão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome" Mateus 24:9.

Depois de compreender que todo este texto está sendo direcionado aos discípulos é óbvio que esta perseguição também é direcionada para os próprios discípulos de Jesus no tempo da igreja primitiva. Quando estudamos o livro de Atos, vemos que muitos destas coisas já foram cumpridas conforme a descrição do que Jesus disse no versículo acima. É muita vaidade da nossa parte achar que esta perseguição acontecerá apenas no tempo do fim e esquecer dos nossos irmãos que foram mortos brutalmente no tempo da igreja primitiva.

"Antes, porém, de todas estas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e aos cárceres, levando-vos à presença de reis e governadores, por causa do meu nome e isto vos acontecerá para que deis testemunho" Lucas 21:12-13.

Este versículo de Lucas também nos mostra essa realidade. A palavra "antes" quer dizer que antes de todas as cosias que Jesus já havia predito (anticristos, guerras, terremotos e fome), a perseguição já se faria presente. E vemos que isso foi realidade na vida da maioria dos santos no livro de Atos.

"Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis [vós] açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho" Marcos 13:9.

Veja, que no livro de Marcos, Jesus é ainda mais direto em relação aos discípulos. Ele usa os pronomes "vós" e "vos" dando a ideia de que os ouvintes que ali estavam seriam os tais que seriam perseguidos.

E de fato eles foram! Estas palavas foram completamente cumpridas nos acontecimentos em Atos. Começando por Pedro e João. Quando eles curaram um paralítico à porta do templo, e foram ensinar às multidões, eles foram presos (Atos 4:3) e depois foram levados perante o sinédrio, onde deram testemunho acerca das coisas que sucederam (Atos 5:27) conforme Jesus havia predito. Depois Deus levantou Estêvão como diácono, homem cheio de poder e de fé, o qual os judeus nem mesmo podiam suportar, tamanha era a glória que resplandecia da sua face e das palavras de sabedoria que ele professava. E por se mostrar fiel e irrepreensível não puderam contra ele, antes, o apedrejaram e ele morreu vendo o céu aberto (Atos 7:55-60).

E ainda que concordando com tudo que se passava (Atos 8:1), estava Saulo, perseguidor da Igreja, que continua em sua jornada arrastando quantos cristãos ia encentrando pelo caminho (Atos 8:3). E, não satisfeito, foi a Damasco perseguir os irmãos, mas a glória de Deus o cobriu e ele mesmo viu o Senhor Jesus em glória de forma que seus olhos foram queimados com tamanho poder e nada comeu ou bebeu por três dias. E imediatamente passou a pregar Jesus o Cristo e ele mesmo sofreu perseguição ainda em Damasco (Atos 9:23-25). Paulo foi escolhido por Deus para levar a palavra para os gentios, para reis e para os judeus, mas também para sofrer pelo seu nome (Atos 9:16).

Tiago, irmão de João, também foi morto por Herodes (Atos 12:2) e Pedro foi atirado na prisão, de onde o Senhor lhe resgatou com a ajuda de um anjo (Atos 12:5-10). E ainda tomaram Jasom da sua própria casa por ter ele recebido Paulo e Silas. E por muitas outras ocasiões em Atos os discípulos foram perseguidos.

E se as muitas histórias de Atos não são satisfatórias, podemos também citar o tempo de Nero, que incendiou Roma no ano 64 dC e colocou a culpa nos cristãos passando a persegui-los por todo império romano. Tamanha foi a barbárie contras os cristãos promovida por Nero naquele tempo que tudo foi registrado pelo historiador Tácito: "[...] uma grande multidão foi condenada não apenas pelo crime de incêndio mas por ódio contra a raça humana. E, em suas mortes, eles foram feitos objetos de esporte, pois foram amarrados nos esconderijos de bestas selvagens e feitos em pedaços por cães, ou cravados em cruzes, ou incendiados, e, ao fim do dia, eram queimados para servirem de luz noturna".

O livro de apocalipse também registra esse tempo como a segunda era da Igreja, representada pela igreja em Esmirna (Apocalipse 2:8-11). Esta carta e a carta à igreja em Filadélfia, são as únicas que não possuem uma repreensão sequer. Veja:

"Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver. Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás. Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte" (Apocalipse 2:8-11).

Não há repreensão contra estes irmãos. Para eles foi dito, apenas, que fossem fieis até a morte, para então, receber a coroa da vida.

 A Pregação do Evangelho e o Fim 

"E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim" Mateus 24:14.

A ideia que normalmente temos quando lemos esses textos é que o evangelho será pregado em todo o mundo, e quando o evangelho finalmente chegar a todas as nações, então chegaremos ao fim. Mas será essa a melhor visão deste versículo?

Para entendermos devemos primeiro entender a qual fim Jesus está se referindo. Afinal, o que seria esse fim? O fim, ou o tempo do fim, até onde eu consegui verificar, é realmente a Grande Tribulação. A Grande Tribulação é o tempo do fim que foi profetizado por muitos profetas e santos através da história.

Quando Jesus se refere ao período chamado princípio das dores, ele realmente quer falar sobre os acontecimentos que os discípulos presenciariam em vida. Porém, este não é o único foco da discussão. Isso fica evidenciado em algumas partes do capítulo de Mateus 24. Quando os discípulos chegam até Jesus no monte das oliveiras eles dizem o seguinte: "Dize-nos quando sucederão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século" Mateus 24-3. A pergunta dos discípulos teve dois núcleos. O primeiro está relacionado aos acontecimentos relativamente ao templo e aos próprios discípulos, o princípio das dores. O segundo está relacionado a vinda futura de Jesus e a sua Parousia, quando ele virá majestoso julgar o mundo.

O versículo 15 de Mateus também nos indica isso. Neste versículo Jesus cita o abominável da desolação, que certamente é um acontecimento da Grande Tribulação. Este acontecimento foi profetizado por Jesus e está relacionado ao templo. Como o templo foi destruído no ano 70dC e esta profecia ainda não foi cumprida, então a única possibilidade é que ela seja cumprida no tempo do fim. E se este é o caso, o fim do versículo anterior só poderia ser o tempo do fim, a grande tribulação.

Outro ponto são os versículos anteriores. Dos versículos 4 ao 8 de Mateus 24 Jesus parece se referir ao princípio das dores, a era dos apóstolos. Tanto que no versículo 8 ele resume toda a história: "[...] porém tudo isto é o princípio das dores" Mateus 24:8. Do versículo 9 ao 14 de Mateus 24 Jesus parece profetizar acerca de tempos dalém da era dos apóstolos como se ele estivesse resumindo, profeticamente, toda a história do mundo e culminando no versículo 14. Isso também é evidenciado no versículo 9 quando ele inicia a frase com a palavra "Então". Essa palavra evidência a continuidade temporal dos acontecimentos expostos anteriormente.

A palavra grega para “nações” aqui é “ethnos”, o que significa que a palavra será pregada para testemunho a todas as etnias e nacionalidades antes do fim. Este é o único pré-requisito para chegarmos ao fim citado neste texto. E o fim, como já citamos, é a grande tribulação que trataremos com maior detalhes nos dois próximos estudos Os sinais do tempo do fim e A Grande Tribulação.

 Conclusão 

Compreender o que a palavra nos ensina em verdade é vital para alcançar a revelação de Deus. Muitas vezes o que ouvimos dita a nossa crença e acaba maculando a realidade da palavra de Deus. Este texto é um grande exemplo. Tenho certeza que muitos, assim como eu, também acreditavam que o princípio das dores era o tempo anterior a grande tribulação. Mas dou glória a Deus que mesmo em coisas tão pequenas nos ensina e instrui.

Quanto ao mais, devemos lembrar que a cada dia nos aproximamos da vinda do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Devemos estar atentos para entender o tempo em que vivemos, para não ser pegos desprevenidos. Quanto aos sinais da vinda de Cristo em nosso tempo, leia também a segunda parte deste estudo: Os sinais do tempo do fim.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

ola a paz do senhor vc sabe oque siguinifica apostasias?

O que significa apostasia e o que a Bíblia fala sobre isso?

Apostasia
11 DE ABRIL DE 2012
Apostasia é a negação e abandono da fé. É uma revolta contra Deus. 
Apostasia significa:
1) Negação e abandono da fé (1 Timóteo 4:1; 2 Timóteo 2:17-18);
2) A Revolta Final contra Deus (2 Tessalonicenses 2:13);
3) Abandonar a fé em Deus; afastar-se dos caminhos do Senhor;
1 – Como considera Deus a apostasia?
“As tuas apostasias te repreenderão: …….vê que mau e quão amargo é deixares ao Senhor teu Deus, e não teres o Meu temor contigo, diz o Senhor Jeová dos Exércitos”. Jeremias. 2:19. “Se ele recuar, a Minha alma não tem prazer nele” (Hebreus 10:38).
2 – Qual tem sido sempre a tendência do povo de Deus?
“O Meu povo é inclinado a desviar-se de Mim” (Oséias 11:7).
3 – Que conduz inevitavelmente ao afastamento de Deus?
“Vede irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus vivo” (Hebreus 12:1).
4 – Em que sentido se manifestava a constante apostasia do povo de Jerusalém?
“Por que pois se desvia este povo de Jerusalém com uma apostasia contínua? Retém o engano, não quer voltar. Eu escutei e ouvi: Não falam o que é reto, ninguém há que se arrependa da sua maldade, dizendo: Que fiz eu? Cada um se desvia na sua carreira, como um cavalo que arremete com ímpeto na batalha”  (Jeremias 8:5 e 6).
5 – A que é comparada a apostasia?
“Deveras, como a mulher se aparta aleivosamente do seu companheiro, assim aleivosamente te houveste comigo, ó casa de Israel, diz o Senhor” (Jeremias 3:20).
6 – A fim de reaver o favor divino, que precisa fazer o apóstata?
“Somente reconhece a tua iniqüidade, que contra o Senhor teu Deus transgrediste, e estendeste os teus caminhos aos estranhos, debaixo de toda a árvore verde; e não deste ouvidos à Minha voz, diz o Senhor” (Jeremias 3:13).
7 – Sob Que condição promete Deus misericórdia aos pecadores?
“Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que Se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar” (Isaías 55:7).
8 – Por que precisam os ímpios abandonar seus pensamentos e caminhos?
“Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos, diz o Senhor” (Isaías 55:8).
Deus quer que pensemos os Seus pensamentos, que são retos, puros e eternos. Quer também que adotemos os Seus caminhos, que são agradáveis, e andemos em Suas veredas, que são veredas de paz.
9 – Que é especialmente necessário para evitar a apostasia?
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Marcos 14:38).
10 – Que são os crentes exortados a fazer?
“Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; aprovai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo esta em vós. Se não é que já estais reprovados” (2 Coríntios 13:5).
11 – Se temos a lei de Deus no coração, o que não nós acontecerá?
“A lei do seu Deus está em seu coração, os seus passos não resvalecerão” (Salmos 37:31).
12 – Qual é uma das características da apostasia?
“Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos Meus estatutos, e não os guardastes; tornai vós para Mim, e Eu tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?” (Malaquias 3:7).
13 – Que ordenança negligenciada cita Deus?
“Roubará o homem a Deus? Todavia vós Me roubais, e dizeis: Em que Te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas” (Malaquias 3:8).
14 – Que remédio é indicado?
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa, e depois fazei prova de Mim, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu vos abrir as janelas do Céu, e não derramar sobre vós uma benção tal, que dela vos advenha a maior abastança” (Malaquias 3:10).
15 – Devido aos claros ensinos de Cristo, que fizeram alguns de Seus discípulos?
“Desde então muitos dos Seus tornaram para trás, e já não andavam com Ele” (João 6:66).
16 – Arrependendo-os o apóstata, que faz Deus?
“Tomai convosco palavras, e convertei-vos ao Senhor; dizei-Lhe: Expulsa toda a iniqüidade, e recebe o bem, e daremos como bezerros os sacrifícios dos nossos lábios. …Eu sararei a sua perversão (apostasia), Eu voluntariamente os amarei; porque a Minha ira se apartou dele” (Oséias 14: 2-4).
17- Haverá perigo especial de apostasia nos últimos dias?
“E por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará” (Mateus 24:12).
18 – Quais são alguns dos males contra que somos especialmente advertidos neste tempo?
“E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia” (Lucas 21:34).
19 – Em vista dos perigos que nos envolvem, que somos instruídos a fazer?
“Vigiai pois em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem” (Lucas 21:36). ?

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

vvamos Falar um pouco doque seguinifica Lascivia

O que é Lascívia:

Lascívia significa sensualidade, libidinagem, luxúria. É uma característica de quem tem despudor, quem tem modoslibertinos, libidinosos, quem tem propensão para a sensualidade.
Lascívia é um substantivo feminino que se refere à qualidade de lascivo, que tem caráter lascivo, ou seja, que é sensual, libidinoso, desregrado, brincalhão, travesso.
Frequentemente a palavra lascívia está relacionada com a palavra volúpia, que significa o grande prazer dos sentidos, ou o grande prazer em geral e o grande prazer sexual.
Saiba também o que significa Volúpia.

Lascívia na Bíblia

Para os estudiosos da Bíblia, a palavra lascívia é interpretada como impureza, impudor. O comportamento lascivo vai além do pecado e envolve o desprezo pelo que é certo:
“Que eu tenha que chorar por muitos que pecaram no passado e ainda não se tenha convertido da impureza, da formicação e dos vícios que antes praticavam”. (2 Coríntios 12:21).
“Além disso, as obras dos instintos egoístas são bem conhecidas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúme, ira, rivalidade, divisão, sectarismo, inveja, bebedeira, orgias e outras coisas semelhantes”. (Gálatas 5:19-21).

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

No capítulo 5 do Apocalipse, João descreve a cena em que Jesus toma o livro selado da mão de Deus sob uma aclamação nunca antes vista no Universo. Neste, vamos vê-Lo abrir os selos, um por um. O capítulo 6 trata dos seis primeiros selos, o sétimo será explorado no capítulo 8 de Apocalipse. Ao invés de palavras ditadas por Jesus, João agora visualiza cenas. Assim, como em outros capítulos, a simbologia é bastante utilizada. É importante citar que a seqüência profética e simbólica dos sete selos relaciona-se com o mesmo terreno coberto pela profecia das sete igrejas, mas dando ênfase a outros eventos.
As profecias do Apocalipse não são sucessivas, mas repetitivas; isto é, elas são reafirmadas cobrindo os mesmos períodos de tempo. Os sete selos, por exemplo, e as sete trombetas cobrem o mesmo período das sete igrejas.
O princípio de interpretação profética destacado pelo próprio Senhor Jesus é que somente quando a profecia encontra o seu cumprimento é que pode ser plenamente compreendida. Três vezes Jesus disse isso no cenáculo: “Eis que vos tenho dito antes que aconteça, para que quando acontecer possais crer” (Jo 14:29, 13:19 e 16:4).
O propósito do cumprimento das profecias é fortalecer nossa fé.
Os quatro cavalos e suas diferentes cores – conforme descrito nos quatro primeiros selos – representam as quatro primeiras fases da igreja cristã (Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira).

Os quatros cavaleiros do Apocalipse

O primeiro selo

Apocalipse 6:1: “Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi um dos quatro seres viventes dizer, como se fosse voz de trovão: Vem!”
Apocalipse 6:2: “Olhei, e vi um cavalo branco. O seu cavaleiro tinha um arco, e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo, e para vencer.”
O cavalo branco simboliza pureza e vitória. Cristo é o cavaleiro.
Nos dias em que o Apocalipse foi escrito, o cavalo era o meio mais rápido de comunicação (como o e-mail, hoje). Além disso, a cavalaria era a principal arma de guerra. Cavalo, portanto, é símbolo do poder e da rapidez necessários à pregação do evangelho; tarefa incumbida ao povo de Deus. A cor branca era símbolo de vitória sobre o inimigo.
A mesma figura é aplicada na profecia que menciona a segunda vinda triunfal de Cristo, que o apresenta vindo à Terra vestido de branco e cavalgando um cavalo branco.
O cavalo de cor branca é uma alusão aos triunfos da igreja apostólica, no período de 34 a 100 d.C. A igreja cristã era pura na doutrina porque foi conduzida diretamente por Cristo. O arco que o cavaleiro trazia, nos dias antigos, era uma arma de ataque; um poderoso instrumento de guerra. A grande munição dos exércitos daquele tempo eram as flechas.
Ao sair para a batalha, o cavaleiro recebe uma coroa. Enquanto os vencedores deste mundo recebem a coroa somente após a vitória, Cristo, o cavaleiro do primeiro selo, recebe a coroa antecipadamente, como evidência segura de Sua vitória.

O segundo selo

Apocalipse 6:3: “Quando o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: Vem!”
Apocalipse 6:4: “Então saiu outro cavalo, vermelho. Ao seu cavaleiro foi dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros. Também lhe foi dada uma grande espada.”
O cavalo vermelho simboliza sangue, corrupção e pecado. O cavaleiro representa o Império Romano pagão.
O segundo selo apresenta a igreja em estado de corrupção. A cor vermelha, em se tratando de vida espiritual, simboliza o pecado. “Ainda que os vossos pecados sejam vermelhos como o carmesim…” (Is 1:18).
A igreja incorporou doutrinas pagãs e abandonou a pureza da verdade. Este período do segundo selo, de corrupção dos princípios básicos da igreja, estendeu-se do ano 100 ao ano 313 d.C.
Milhões morreram quando o Império Romano tentou varrer o cristianismo da face da terra. A perseguição contra cristãos foi seguida de muitas mortes, porém, por causa do sangue de muitos mártires, o cristianismo crescia a cada dia.
Os cristãos primitivos não tinham liberdade como nós hoje de ir às igrejas prestar culto a Deus. Ser cristão era um crime punido com a morte. Conta-se que no Concílio de Nicéia, em 325 d.C., quase todas as pessoas presentes apresentavam algum tipo de mutilação, resultado da perseguição. O tempo do cavalo vermelho foi o tempo em que os pagãos perseguiram os cristãos.

O terceiro selo

Apocalipse 6:5: “Quando o Cordeiro abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: Vem! Olhei, e vi um cavalo preto. O seu cavaleiro tinha uma balança na mão.”
Apocalipse 6:6: “E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes, que dizia: Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário, e não danifiques o azeite e o vinho.”
O cavalo preto simboliza luto e trevas espirituais. O cavaleiro representa a figura do Imperador Romano.
O cristianismo já não era mais ilícito, mas popular. As pessoas eram incentivadas a tornarem-se cristãs. Mas o cristianismo já não era mais puro. Não era mais branco. Era tão corrupto que foi representado por um cavalo preto. As doutrinas pagãs tomaram o lugar das doutrinas verdadeiras e puras da igreja primitiva.
Foi durante esse período que a igreja começou a dominar o Estado ou o governo (313 a 538 d.C.). A partir daí não eram mais os pagãos que perseguiam os cristãos. Eram os cristãos que passaram a perseguir os pagãos.
A balança é o símbolo da justiça. A utilização desse símbolo demonstra que a Igreja e o Estado estariam unidos para exercer a autoridade judicial. Isso foi verdade entre os imperadores romanos desde Constantino até Justiniano, quando ele entregou a mesma autoridade judicial ao bispo de Roma.
Nesta visão, João viu uma balança na mão do cavaleiro. “Uma medida de trigo por um denário; e três medidas de cevada por um denário.” Deus havia ordenado que o pão da vida devia ser de graça. Mas agora estava sendo vendido. A religião tornou-se um negócio.
O trigo representa a pura verdade do evangelho de Cristo, enquanto a cevada que não é tão pura assim, as tradições e erros que penetraram na igreja. Em razão de sua escassez, o trigo era vendido por valor maior do que a cevada. Três medidas de cevada eram vendidas pelo mesmo preço de uma medida de trigo.
E até hoje esse estado de coisas perdura no chamado cristianismo nominal. Aquele que apresenta ao mundo, evidentemente, mais “cevada” do que “trigo”, ou seja, mais erros tradicionais do que verdades fundamentais.
Nas Escrituras Sagradas o azeite é símbolo do Espírito Santo, enquanto o vinho representa o sangue de Cristo. A ordem “Não danifiques o azeite e o vinho” reclama que não se pode invocar o nome de Cristo e do Espírito Santo quando se prega o erro e a “tradição dos homens” em lugar da verdade de Deus.

O quarto selo

Apocalipse 6:7: “Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente, que dizia: Vem!”
Apocalipse 6:8: “Olhei, e vi um cavalo amarelo. O seu cavaleiro chamava-se Morte, e o Inferno o seguia. Foi-lhes dado poder sobre a quarta parte da terra para matar com a espada, com a fome, com a peste e com as feras da terra.”
O cavalo amarelo simboliza a morte. O cavaleiro é representado pelo Papado.
Na verdade, a palavra grega que designa a cor deste cavalo é chloros, que é um esverdeado pálido. A cor da morte.
Foi durante os 1.260 anos da perseguição que os templos pagãos viraram igrejas cristãs. Mas o povo verdadeiro de Deus teve que fugir para as montanhas a fim de adorar o seu Deus.
Não eram mais pagãos perseguindo cristãos. Não eram mais cristãos perseguindo pagãos. Agora eram cristãos perseguindo e matando outros cristãos. A Roma cristã não crucificava pessoas como a Roma pagã fazia. A Roma cristã as queimava vivas. A Roma pagã torturava criminosos por roubarem, mas a Roma cristã torturava cristãos por lerem a Bíblia.
No período do quarto selo, que foi de 538 a 1517 d.C., foi dado ao cavaleiro que monta o cavalo amarelo ou tem as rédeas da igreja em suas mãos o nome de “Morte”. É uma prova real da carnificina que foi a Inquisição. O papado efetuou grande chacina e levou multidões à sepultura. Inferno, ou “hades”, designa o lugar dos mortos ou sepultura.

O quinto selo

Apocalipse 6:9: “Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram.”
Apocalipse 6:10: “E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Soberano, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”
Apocalipse 6:11: “E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas, e foi-lhes dito que repousassem ainda por pouco tempo, até que se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos, como também eles foram.”
O quinto selo é uma sucessão do quarto e estende-se do período que vai do ano 1517 a 1755. No quarto selo vimos os terríveis extermínios do papado contra o povo de Deus. O quinto selo nos mostra o quadro das testemunhas de Deus e de Seus filhos mortos pela espada papal.
Para entender o que significam as almas debaixo do altar é preciso considerar quatro questões:

1. O que significa o termo “alma”?

A palavra “alma”, do nosso texto, vem do grego psyche e é mencionada 103 vezes no Novo Testamento. Psyche é traduzido em inúmeras passagens por “pessoa”. Por exemplo, referindo-se aos convertidos no Pentecostes, é dito que “naquele dia agregaram-se quase três mil almas” [psyche] (At 2:41). Fica claro que João teve a visão das próprias pessoas dos mártires das perseguições papais do quarto selo, e não supostas almas desencarnadas.

2. Existe algum altar de sacrifícios no Céu?

Por outro lado, no Céu não existe um altar para sacrifícios. Por isso, a declaração de João de que viu “debaixo do altar as almas dos que foram mortos” no período da perseguição papal deve ser entendida como uma afirmativa de que eles estão debaixo da terra, ou em seus sepulcros.

3. Pode haver espírito de vingança no Céu?

Não podemos imaginar que o espírito de vingança pudesse dominar de tal maneira as mentes das almas no Céu a ponto de fazer com que, a despeito da alegria e da glória do Céu, elas não ficassem satisfeitas enquanto não vissem a vingança praticada contra os seus inimigos. Há lugar para ódio no coração dos habitantes do Céu? Não, nunca. Jamais.

4. Por que essas almas estariam clamando por vingança?

Se a idéia popular que coloca essas almas no Céu fosse verdade, seus perseguidores estariam queimando num suposto inferno. Por que essas almas estariam clamando por vingança? Que vingança maior poderiam querer?
O sangue clama por vingança é a mesma expressão usada no livro de Gênesis. O sangue de Abel clama por vingança (Gn 4:9, 10).
O clamor figurado dos milhões e milhões de mártires do quarto selo longe está de afirmar que eles estejam no Céu. É apenas um alerta de que Deus punirá, no tempo certo, os Seus inimigos. O que João viu – numa visão simbólica – foi o clamor de justiça que será satisfeito no devido tempo. “A voz do sangue do teu irmão clama a Mim desde a Terra” (Gn 4:10). E, por acaso, sangue tem voz? É evidente que se trata de uma linguagem figurada.
As vestes brancas comprovam o caráter daqueles que foram covardemente martirizados, não porque fossem criminosos, mas “por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram”.
A frase “repouso por pouco tempo” é outra evidência de que não poderiam estar no Céu, mas em seus sepulcros onde deveriam permanecer mais um pouco.

O sexto selo

Apocalipse 6:12: “Olhei enquanto ele abria o sexto selo. Houve um grande terremoto. O sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue.”
Apocalipse 6:13: “As estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira, sacudida por um vento forte, deixa cair os seus figos verdes.”
Apocalipse 6:14: “O céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola, e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.”
Apocalipse 6:15: “Os reis da terra, os grandes, os chefes militares, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes,”
Apocalipse 6:16: “e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro!”
Apocalipse 6:17: “Pois é vindo o grande dia da ira deles, e quem poderá subsistir?”
João visualiza a abertura do sexto selo, onde estão descritos os sinais da iminente volta de Jesus. A linguagem que antes era simbólica passa a ser literal. Os escritores do Antigo Testamento, e o próprio Cristo, falaram muitas vezes de grandes sinais no universo físico, no Sol, na Lua, nas estrelas e na Terra. Esses sinais seriam indicações especiais da volta de nosso Senhor.
No século 18, em 1º de novembro de 1755, na cidade de Lisboa, Portugal, ocorreu o maior terremoto de toda história. A maior parte da cidade foi destruída em apenas seis minutos. O sismo abalou outras cidades da Europa e da África.
O dia escuro ocorreu no dia 19 de maio de 1780, principalmente na cidade de Connecticut.
Na noite seguinte ao dia escuro, a Lua se mostrou vermelha como sangue.
Na noite de 12 de novembro de 1833, uma tempestade de estrelas cadentes irrompeu sobre a Terra. A América do Norte recebeu o maior impacto desse chuveiro de estrelas.
De acordo com a profecia descrita em Apocalipse 6, estamos vivendo entre os versos 13 e 14. Os eventos do verso 13 já ocorreram. Os próximos acontecimentos no programa de Deus estão descritos no verso 14. O Céu se retira como um rolo. Cada montanha e ilha serão removidas.
João descreve que haverá um tempo em que as pessoas irão correr e se esconder da ira de Deus. Numa grande reunião irão desejar que montes e vales caiam sobre eles, pois não conseguirão encarar a face do Senhor. Essas pessoas são todos aqueles que, infelizmente, não dedicaram a vida a Deus. Não reconheceram Jesus como Salvador, Senhor e Advogado e recusaram todas as ofertas de salvação. Mas ainda há tempo! É preciso tomar uma decisão – a 

A Grande Tribulaçaõ