É comum os falsos evangelistas comoverem seu público com táticas, estratégias de auditório, recursos neurolinguisticos, porém sem nunca usarem o texto bíblico (ou quando usam, adaptam aos seus próprios interesses).
Estas “criaturas” sempre enfatizam o visível, palpável e material. Andam movidos pelo meio de se chegar a algo e não pelos princípios. Eles sentem, por exemplo, alegria em profecias, línguas estranhas, mas estranhamente não têm o mesmo entusiasmo quando na conversão de um pecador.
São indícios estranhos, concorda? Mas vamos direto aos 5 pontos:
1) O que o falso profeta fala pode se cumprir, porém, ele conduzirá os fieis a práticas não-bíblicas [Dt 13.1-3] - Lembremos que esta observação é super relevante: não é a “profecia” que se cumpre ou não, mas o que mais importa ele está ensinando ao seu rebanho. Quando Cristo diz que é a videira verdadeira (Jo 15.1-5), certamente deve haver outras falsas, visto que as folhas (dons) não são determinantes para se constatar a veracidade, mas a raiz (ensino da Palavra).
2) O falso profeta certamente acrescentará novos ensinos a Palavra de Deus [Dt 18.20] - Vejam como alguns pregadores televisivos andam inovando e acrescentando doutrinas (“Unção Financeira dos últimos dias”, “Medida Extra”, “Unção da Meia”, “Desafio da Fé”, “Fogueira Santa, etc.) e tire suas conclusões.
3) O falso profeta tem aparência de ovelha [Mt 7.15] - E realmente essa aparência convence, cativa, e aprisiona muitos fracos em seu cativeiro religioso. Os fieis sentem-se presos emocionalmente, devedores de dízimos, ofertas (a ele), e possuem uma gratidão exagerada, colocando o tal líder como uma espécie de “ungido privilegiado” cujo poder e orações são hiper-inspiradas pelo divino (um tipo de segundo intercessor). Geralmente ele é o centro da idolatria na vida dos fieis. “É Deus no céu e o seu pastor na terra”.
4) O falso profeta irá procurar fazer as mesmas coisas que Cristo fez, como se possuísse a mesma condição e posição [Mt 24.4,5,24] – Com certeza não é difícil localizar algum desse por aí que se diz ser o próprio Cristo em pessoa, ou talvez, que tente demonstrar que tem a mesma autoridade, domínio e poder sobre as pessoas e sobre o mundo.
5) O falso profeta usará “sinais” que servirão de engano para arrebatar o povo [2 Ts 2.3-9] – O interessante é notar que tais sinais também acompanharão as curas e milagres, contudo vale salientar que tais obras, embora parecendo ser algo bom e operado pelo próprio Deus, na verdade não é. Deus chama estas obras de iniquidade (veja em Mt 7.21-23), logo quem as comanda são os demônios.
O falso profeta rouba a Graça de Deus, aprisiona seus seguidores. Ele quer devorá-los, escravizá-los pelos sinais, propostas de curas e bem estar terreno. Note, jamais um falso profeta se valerá do Sermão do Monte (Mt. 5) e ensinará aos seus fieis as bem aventuranças; jamais pregará Cristo crucificado; jamais pregará que temos algo melhor na glória celestial.
Conclusão final. Se alguém porventura se enquadrar em apenas um desses pontos, não duvide, a Bíblia o intitula como falso profeta!